Royal Republic ao vivo em Lisboa em 2019…

Há qualquer coisa especial a passar-se entre a Suécia e o rock’n’roll, injetado de punk e da tradição de Detroit que, tantas décadas depois, continua a ter enorme repercussão na música feita com guitarras, bateria, baixo e voz. Por esta altura já parece haver um suprimento inesgotável de músicos suecos bem vestidos, afiando as garras e tentando seguir os passos dos seus conterrâneos The Hives. Entre os mais ilustres estão hoje os Royal Republic. Ao longo da última década, o quarteto de Malmö afirmou-se como um nome a ter em conta neste espectro e com a edição do quarto álbum, “Weekend Man”, há dois anos, deu finalmente o salto que muita gente já lhes andava a vaticinar há muito.

Quando abriram, literalmente, as portas da garagem, corria o ano de 2010, os Royal Republic ainda eram miúdos hesitantes, sem a tarimba que só as horas de ensaios e o palco lhes poderiam dar. Isso não pareceu, no entanto, incomodá-los. Muito à semelhança de uma lista de predecessores locais bem ilustres – como é o caso dos The (International) Noise Conspiracy, dos The Hellacopters, dos Backyard Babies e de todas as bandas que gravitavam à volta do Nicke Andersson –, os quatro músicos fizeram-se à vida. Afinaram a habilidade musical e a disciplina na Academia Musical de Malmö e, desde então, aprenderam a quebrar as regras com o máximo de efeito possível. Apoiados em três discos sempre em crescendo – “We Are The Royal” em 2010, “Save The Nation” em 2012 e “Royal Republic And The Nosebreakers” em 2014 –, foram estabelecendo uma reputação e, sobretudo, uma base de seguidores sólida, que muito têm feito por expandir ao longo dos anos.

Tocando ao vivo com tanta frequência quanto possível, os quatro músicos ganharam a experiência que lhes permitiu gravarem “Weekend Man”. Ao quarto disco de longa-duração, mostrando que também há arte na simplicidade, os Royal Republic provaram que são totalmente naturais a esse respeito e que soam como as melhores bandas deste tipo. No estúdio e, sobretudo, em palco, parece que chegaram, ligaram os amplificadores e começaram a tocar. A energia torna-se palpável no som granulado, que faz ouvir – alto e com bom som! – um grupo de músicos jovens, com sangue na guelra, que têm sede de conquistar o mundo à força do rock’n’roll. Com uma coleção de hinos diretos, Adam Grahn, Hannes Irengård, Jonas Almén e Per Andreasson soam como se estivessem sempre à beira da combustão… E com o single “Baby” a chegar à posição #15 na categoria Mainstream Rock da tabela Billboard e mais de um milhão de visualizações do vídeo-clip no YouTube, não vai haver quem os pare tão cedo.

 

Chegam agora a Portugal em estado de graça, envoltos num turbilhão de elogios por parte da imprensa e de quem já os viu em palco, para um espetáculo único, a 17 de Março de 2019, no RCA Club, em Lisboa.

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