Rodrigo Leão apresentou, ontem, dia 3 de abril, na Sala Suggia, da Casa da Música, no Porto, o seu mais recente espetáculo, Cinema Project. O último espetáculo/concerto de Rodrigo Leão a que assisti, que foi excelente, foi no Coliseu do Porto, e eu ainda andava, por isso foi há mais de três anos.
Ontem, assisti a um espetáculo deste brilhante compositor, músico, mais alegre, mais abrangente em relação ao estilo musical. Talvez esta mudança se deva ao facto de ter sido composto pós confinamento, e de talvez se ter dado valor ao que nos faz realmente feliz. O que “A Estranha Beleza Da Vida”, é mesmo belo, transborda alegria, géneros musicais diferentes.
Destaco a heterogeneidade do público, muitas crianças a acompanharem os pais, muitos jovens. A Cultura não escolhe idades, e é bom ver pessoas tão jovens a assistir a um espetáculo desta envergadura.
Destaco, por uma questão de gosto pessoal, o violoncelo, magistralmente tocado por Carlos Tony Gomes; o violino tocado de forma soberba, pela fabulosa, Viviena Tupkova. João Eleutério, como sempre, esteve exímio na panóplia de instrumentos que tocou, tais como guitarra, baixo, sintetizador, … entre outros; Ângela Silva, como habitualmente, esteve estupenda, quer na voz, quer no metalofone. Destaco, como é óbvio, Rodrigo Leão, sintetizador e piano; também ele fantástico, como já nos habituou.
Destaco os temas “who Can Resist”; “Tardes De Bolonha”; “Pasión”; e “Friend Of A Friend”.
Um concerto fantástico, um concerto único, de uma leveza, de um bom gosto, de uma felicidade simples. Um concerto, em que me permiti fechar os olhos, e deixar levar apenas pela parte sonora, e descurar a parte visual.
Sou de opinião, que foi uma excelente opção.
Parabéns, Rodrigo Leão, pela sabedoria, pelo poder de criação e execução, e pelo dom, que possuí. Obrigada, pela fatia de noite, que me permitiu degustar cada composição, obrigada, por me fazer esquecer do tempo, e me abstrair da realidade.
Os portugueses são brilhantes, são fantásticos, e têm que ser valorizados, sobretudo pelos seus, e não somente pelos povos de outros países.
A nossa Cultura precisa de nós, e nós dela.
Reportagem: Ana Cristina
Fotografia: Arlindo Homem