Rock in Rio Lisboa 2018… A máquina dos Muse

Meio dia de sábado… as portas abriam-se para a 8ª edição do Rock in Rio Lisboa. Com horário alargado na edição de 2018, foram muito que desde cedo ocuparam o Parque da Bela Vista para não perder nada. Para além do Palco Mundo, o dia complementa-se com concertos e não só, nos mais diversos espaços do Festival.

O palco Super Bock Digital Stage era uma das novidades da edição deste ano.

Puro entretenimento, promovendo uma interação direta entre o público e os seus ídolos, num espetáculo inédito ao vivo. Karaoke, lip sync battles, sketches de humor, battles de games, desafios interativos e quizzes, atrações musicais e momentos virais foram alguns dos momentos a que assistimos e que até podíamos participar. Nomes como Owhana, Marco Gonçalves, NTS, Paulo Sousa, Inês Rochinha, Pyong Lee, Bumba na Fofinha e Wuant, marcaram presença na tarde de sábado cativando público de todas as idades, mas sobretudo os mais novos.

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Para combater o calor, mas abaixo junto ao palco Music Valley, as Somersby Pool Parties animavam o espaço, aquecendo o ambiente para o primeiro concerto da tarde no mesmo palco, o duo Brasileiro Anavitória. Pop simples e doce, refrescante e sensual, recriando um ambiente de sunset fora de horas.

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Antes, e num dos intervalos do Digital Stage (se é que os havia) passamos pela Rua mais animada da cidade do Rock para ouvir os sons da Lusofonia que Kimi Djabaté apresentou. Uma tarde de música que chegava de Africa e que iria ter em Bonga o seu ponto alto com uma verdadeira enchente a envolver-se nos ritmos quentes do cantor Angolano, que mais uma vez tentou convencer a “Mariquinha a ir para Angola”.

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De regresso ao palco Music Valley, Carolina Deslandes conquistava o público com a sua simpatia e simplicidade. Canções novas do disco “Casa”, mas que o público dominava facilmente, isto depois de Diogo Piçarra abrir o Palco Mundo, tendo protagonizado um momento de grande comunhão com os seus milhares de fãs que neste dia acorreram ao Parque da Bela Vista para ouvir o cantor português.

Para este arranque do Rock in Rio Lisboa de 2018, Diogo Piçarra apresentou um concerto único, com muitas novidades que surpreenderam e conquistaram os milhares de pessoas que não arredaram pé junto do palco para o ver. E até foi levado em braços pelos seus fãs quando desceu às grades para fazer crowdsurfing.

O cantor convidou para este espetáculo o fadista Marco Rodrigues, para quem compôs o tema “O Tempo”, tendo cantado juntos esta canção de sucesso. As surpresas não se ficaram por aqui, tendo ainda desafiado a dupla brasileira Anavitória, que tinham actuado no palco Music Valley, para interpretaram juntos o êxito “Trevo”, apoiados pelos fãs que cantaram em uníssono outros temas de Diogo Piçarra como “Dialeto” ou “Já Não Falamos”.

Diogo Piçarra prestou ainda a sua homenagem a Zé Pedro, tendo cantado o tema icónico dos Xutos & Pontapés “Homem do Leme”.

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Seria o palco Mundo que iria concentrar as atenções ao inicio da noite. As três irmãs americanas Haim, Este Haim, Danielle Haim e Alana Haim, marcavam presença pela primeira vez em Portugal. Com o público rendido quer as suas canções, quer à presença em palco, as 3 irmãs tiveram ao longo de 45 minutos sempre “Something to tell you”. Uma energia contagiante a adivinhar um final de noite triunfal com os MUSE.
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Quando a noite parecia ter os ingredientes perfeitos para ser triunfal, os Bastille acabam por ser a (grande) desilusão do palco mundo. Num estilo indie rock e rock alternativo, os Bastille apresentaram o seu último álbum, “Wild World”, mas sem a garra e a energia que já tinha deixado a sua pegada no palco mundo, quer pelo Português Diogo Picara, quer pelas irmãs Haim.

Uma nova ronda pelo Parque da Bela Vista e uma passagem pelo palco Music Valley para assistir ao novo espectáculo de Da Chick, agora acompanhada pela Foxy band. Um som mais maduro, adulto e sobretudo orgânico mas com a energia e presença em palco única de Teresa Sousa. Notoriamente mais energético e interessante que o concerto dos Bastille.

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Mas voltando ao palco principal para assistir ao concerto que todos esperavam… Dizem que o numero 13 dá azar, mas ao 13º concerto em Portugal, os Muse provaram mais uma vez porque é que a sua legião de fãs não para de aumentar, e de azar nem sombras. A estreia da banda britânica no Festival aconteceu no Rock in Rio Lisboa em 2008 com um concerto esgotado. Regressaram novamente à bela Vista em 2010.
Oito anos depois trouxeram na bagagem o álbum “Drones” mas não deixaram de fora os temas preferidos dos fãs nacionais como “Time is running Out” (com uma entrada à Nirvana) ou “Madness”.
Sob o comando de Matthew Bellamy, a banda não deixou os fãs desiludidos, pelo contrário, e seguindo as permissas da banda, o lema é nunca parar e esperemos que não parem e que a sua sonoridade contagiante prossiga em mais visitas ao nosso país. Acabou por ser a banda britânica, a marcar o ritmo do primeiro dia que curiosamente abriu o concerto com um dos novos singles, “Thought Contagion
Para o encore mais 3 temas, “Take a Bow”, “Uprising” (em versão alongada) e “Knights of Cydonia”

 

Chegava ao final o primeiro dia do Rock in Rio Lisboa com 71.000 pessoas a marcar presença no parque da Bela Vista. Muita animação, música, piscina, jogos, foram muitos os pólos de interesse no primeiro dia do Festival.

 

Reportagem: Sandra Pinho
Fotografias: Paulo Homem de Melo

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