Primavera Sound Porto celebra décima edição do festival com “o melhor cartaz da sua história”

Alinhado com a filosofia criada em Barcelona, conhecida mundialmente e ao mesmo um dos festivais de referência no circuito europeu, o Primavera Sound Porto chega à sua décima edição fazendo jus à sua já extensa história.

Este é um marco importante de um evento que merece uma celebração especial. A edição nacional será alargada excecionalmente para quatro dias em 2023, de 7 a 10 de junho, para apresentar um cartaz diversificado ao qual é impossível atribuir uma única etiqueta. Claro que isto não é novidade para o universo Primavera, que no próximo ano volta a reunir sons de todas as esferas para trazer de volta aos palcos esse mesmo reflexo, ainda mais brilhante do espectro musical global.

Assim, e no regresso ao Parque da Cidade do Porto, vai ser possível percorrer os infinitos caminhos sonoros desde os eternos hinos geracionais dos Blur, o hip-hop transcendental de Kendrick Lamar, as canções envolventes de Rosalía (na foto), a festa dos Pet Shop Boys, a experimentação única de FKA twigs, as particularidades pop de Halsey, a debandada pós-hardcore dos The Mars Volta, o magnetismo único de St. Vincent entre as viagens cósmicas de My Morning Jacket. Tudo isto incluído num alinhamento de quase 80 artistas, antevendo um Primavera Sound Porto 2023 a que convém ir de ouvidos bem abertos, pois os estímulos podem chegar de todos os cantos do alinhamento.

Isabella Lovestory e The Comet Is Coming, Bad Religion e Baby Keem, Julia Holter e Núria Graham… Mais um conjunto de nomes que viajam do reggaeton underground ao jazz supersónico, passando pelo hardcore não descurando as melodias, o rap, a nova vanguarda e os sempre presentes cantores-compositores.

Neste limbo musical cheio de singularidades encontra-se o regresso dos Karate, o universo digital Drain Gang, Yves Tumor em plena metamorfose glam, os extraterrestres Sparks e alianças tão excecionais como a de Nicolas Jaar e Dave Harrington em Darkside e a que se juntam, em alianças diferentes, Anderson .Paak e Knxwledge em NxWorries.

Já familiares com a cidade e com o espaço, os Shellac regressam mais uma vez ao festival, o único a nível mundial em que a banda se apresenta.

 

Como sempre, o Primavera Sound, o Porto tem parte do seu coração dividido pelas sonoridades trazidas por artistas nacionais. Em 2023, o português vai ouvir-se no Parque da Cidade via Deixem o Pimba em Paz, o espetáculo com o qual Bruno Nogueira e Manuela Azevedo revisitam a canção popular, o sereno R&B dos Fumo Ninja e as vozes jazzísticas de Margarida Campelo e Beatriz Pessoa. Cantando também em português, mas com sotaque do outro lado do Atlântico, os Terno Rei chegam para mostrar o seu indie pop com pitadas de saudade.

 

photo: Paulo Homem de Melo / arquivo Glam Magazine

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