Com dois discos lançados e um EP, “Valsa & Vapor” (2012), “Gaveta” (2013) e “Carpete” (2014), Phill Veras conquistou uma legião de apreciadores de sua música com a sua voz em perfeita sintonia com suas letras e passou a se apresentar nos quatro cantos do Brasil inclusive no Rock in Rio.
Músicas como Sorriso ao Sono, Hum, Pode Vir Comigo, Vem, Me Leva e muitas outras lhe rendem dezenas de milhões de acessos nas plataformas digitais.
“Alma”, como o próprio nome sugere, mostra uma perspectiva relativamente nova na carreira do músico: a espiritualidade. O “relativamente” vem empregado porque esta temática de certa forma sempre esteve dissolvida em outros registros, mas aqui ela ganha um destaque por si só. Assim, as texturas das composições assumem nuances mais suaves, tentando nos passar justamente esta sensação de leveza, como se estivéssemos apreciando os acontecimentos e questionamentos de Phill em outro nível. É claro que ele não abre mão de seu viés Folk e, sendo assim, esta nova dinâmica é bem representada nas intervenções de timbres eletrônicos com os violões cativantes. O melhor dos dois mundos está presente dentro de Phill.
A Alma de Phill é bem mais complexa do que imaginamos e aceitar o convite do músico para desvendar seus mistérios e sua personalidade é algo agradável. Um trabalho bem produzido e que tem uma curadoria bem planejada de sentimentos diversos sobre a espiritualidade e o quotidiano misturados.
9 de agosto
V.N. de Famalicão – Devesa Sunset
10 de Agosto
Lisboa – Estúdio Time Out
