Os Melhores discos do Ano ( Parte II)

Todos os anos a Glam Magazine escolhe entre todas as edições nacionais, aqueles que considera os melhores discos do ano da música Portuguesa.
Mais de 100 discos nacionais foram ouvidos e analisados ao longo do ano de 2017 para ficar uma lista com apenas 30 discos cuja classificação é apresentada.

20 – Éme – “Domingo à Tarde” (Maio 2017)

Éme está na companhia dos melhores e mais empenhados amigos e usa a ajuda para cantar o que de específico encontra numa viagem pelo país. Além do cavaquinho, que guia os ritmos e o gancho de teclado, chegam os coros no refrão e, com eles, a novidade desta voz colectiva. Depois, com mais um destacado gancho (desta vez na flauta), teclados frenéticos mas suaves e refrão com coros em modo fantasma, chega “Puxa a Patinha”

19 – Blind Zero – “Often Trees” (Outubro 2017)

Mais do que pela contemplação, este disco toma parte. Tem uma palavra a dizer. Engloba um imaginário sombrio e poético, de perseguição e novelos, passeia pela berma dos lagos e sobe à copa das árvores. O imaginário não podia ser mais tenso. “Often Trees”, o oitavo álbum dos Blind Zero, é um disco de mutação sonora, onde a cada escuta multiplicam-se novas camadas. O seu tronco robusto assenta também no uso de equipamento analógico com mais de quatro décadas e na longa experimentação em busca do detalhe.

18 – Vaarwell – “Homebound 456” (Março 2017)

Margarida Falcão, Ricardo Nagy e Luís Monteiro, juntos num disco que é um verdadeiro ensaio sobre sentimentos. Sobre as melodias de guitarra bem construídas e linhas de baixo eminentes, a voz suave de Margarida Falcão dá um toque de candura a esta pop inocente e melancólica

17 – Duquesa – “Norte Litoral(Fevereiro 2017)

Em “Norte Litoral”, título deste novo registo, Duquesa expõe as suas referências num documento pop de sete capítulos em que se estreia a escrever em português e explora a década de 80 com ganchos pop, arranjos arrebatadores e a produção que 2017 lhe exige.

16 – The Lazy Faithful – “Bringer Of A Good Time” (Março 2017)

Dotados de criatividade singular, os The Lazy Faithful preenchem o vazio da nossa existência e o silêncio que nela existe com composições que nos transportam além das nossas sensações.

15 – Moda Americana – “Singapura” (Março 2017)

A lírica de Nuno Fernandes explora o quotidiano de forma fantasiosa e alegórica. A interação entre personagens surreais inspiradas no íntimo contacto com a natureza e o imaginário geográfico demarcado no seu single de lançamento, “Singapura”, resultam numa viagem descomprometida pelo som da banda.

14 – Tomara – “Favourite Ghost” (Setembro 2017)

Mesmo nos tempos por maturar em que a idade era de contabilidade curta, a música e a habilidade para ela gizaram um caminho calculável: o som, os instrumentos, as melodias, tinham vindo para ficar. Como aprendiz, abraçou desde muito novo aulas de órgão, piano e guitarra. As seis cordas foram – são! – a sua predilecção, mas não desprezou, muito pelo contrário, os anos que passou na Banda Filarmónica de Loures… é assim Filipe Monteiro.

13 – Mazgani – “The Poet’s Death” (Setembro 2017)

É o próprio Mazgani que fala sobre o disco… “Entre a feitura dos arranjos e a gravação, todo o processo foi muito célere. Permitimo-nos uma abordagem orgânica e espontânea aos temas no estúdio, procurando não nos afastar do ímpeto inicial que as canções suscitaram na sala de ensaio. Muitas das primeiras soluções que encontrámos para as músicas são as que aparecem no disco. Esta abordagem só foi possível graças à singular capacidade de leitura das canções que o Nelson tem, ajustando imediatamente o leme de acordo com a direcção que queríamos seguir e a geografia que queríamos explorar”

12 – Barry White Gone Wrong – “Tornado” (Abril 2017)

Quase tudo se pode esperar de uma banda que foi concebida a 12 quilómetros de altitude, numa ponte aérea entre Lisboa e Oslo. O percurso de Barry White Gone Wrong tem sido construído à base de persistência e muito trabalho não deixando indiferente quem o segue. A densidade vocal do belga Peter de Cuyper, o nível técnico-musical dos restantes membros da banda, Mário Moral, Miguel Décio, Pedro Frazão e Ivo Xavier e o ambiente sexy/glamoroso que os seus concertos transmitem têm seduzido o público.

11 – Them Flying Monkeys – “Golden Cap” (Fevereiro 2017)

São cinco amigos de longa data. As suas canções espelham o contraste entre a atmosfera mais tensa e negra da cinzenta florestação sintrense e as melodias mais brilhantes e luminosas da maresia costeira que circunda a antiga sala de ensaios onde todas as suas músicas foram escritas: a eterna Penca.

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