Os Melhores discos do Ano (Parte I)

Todos os anos a Glam Magazine escolhe entre todas as edições nacionais, aqueles que considera os melhores discos do ano da música Portuguesa.
Mais de 100 discos nacionais foram ouvidos e analisados ao longo do ano de 2017 para ficar uma lista com apenas 30 discos cuja classificação é apresentada.

30 – George Marvinson – “Chill Wild Life” (Novembro 2017)

George Marvinson é o pseudónimo criado por Tiago Vilhena (músico dos Savanna) para nos mostrar a sua visão do mundo em forma de canções. “Chill Wild Life”, o álbum de estreia, permite-nos acompanhar George nos seus dilemas, paixões e devaneios sob a forma de letras simples e honestas acompanhadas de uma musicalidade ora divertida ora nostálgica, sempre com um descomprometimento fora do vulgar.

29 – PZ – “Império Auto-mano” (Fevereiro 2017)

O caos moderno é reorganizado em pacotes de géneros musicais que vão do techno ao hip-hop, uma espécie de electrónica “taylorizada” à medida dos temas que compõem este objecto meio Pop, meio estranho, e totalmente Português, é assim o 4º álbum de PZ que sai directamente do seu quarto de brinquedos

28 – Mirror People – “Bring The Light” (Março 2017)

Mirror People, projecto paralelo de Rui Maia, em colaboração com vocalista Jonny Abbey, que também assina a mistura, invoca em “Bring The Light” a influência dos filmes de Stephen King, a new wave dos Human League e Soft Cell, os primórdios do hip hop, a pop sintética mais recente dos Hot Chip ou o som de Minneapolis de Prince como algumas das referências para este novo trabalho

27 – Manuel Fúria & Os Náufragos – “Viva Fúria” (Março 2017)

Inventor por vocação, ladrão por imperativo moral, purista do impuro, patriota do impossível, ou nas generosas palavras de Nuno Miguel Guedes, um subversivo (…) para ele, tudo se poderia resumir num único vocábulo indizível que tem urgência de partilhar. E essa urgência é a razão de ser da sua arte e da extrema necessidade de fazer.

26 – The Poppers – “Lucifer” (Janeiro 2017)

“Lucifer” marca o regresso às edições do colectivo dos Olivais e é a prova viva de que o Rock N’ Roll é a religião que mais fé deposita nos seus apóstolos. Os The Poppers são a prova disso mesmo, agarrando na herança de um dos mais transversais géneros da música e transformando-a em provocação, intensidade e atitude

25 – Time For T – “Hoping Something Anything” (Setembro 2017)

De canções calmas folk a rock psicadélico e batidas tropicais, o álbum une-se pelo paladar de sons que atravessam os géneros musicais e oferece uma familiaridade de canção a canção mesmo quando as canções mudam drasticamente de estilo. Em termos da composição, metade das canções foram compostas ao longo de alguns anos desde o último lançamento (Homónimo) e a outra metade foram inspiradas pela viagem de Tiago Saga à India no início de 2016

24 – Stone Dead – “Good Boys” (Fevereiro 2017)

Namorando o conceptual, e ao longo de dez faixas, o quarteto de Alcobaça percorre o rock ’n roll de lés a lés nas botas de Tony Blue, personagem que vive nas músicas de “Good Boys”, que variam do psicadélico até guitarradas mais robustas sem que nunca se abdique do riff e das linhas de baixo gingonas como principais motores da narrativa

23 – Primeira Dama – “Primeira Dama” (Maio 2017)

Primeira Dama, ou melhor Manel Lourenço depois de ter conquistado muitos melómanos com o primeiro “Histórias por contar”, Primeira Dama editou o seu segundo disco. Este registo homónimo fascina pela forma como as suas canções crescem da simplicidade de alguns acordes no órgão, para uma complexidade melódica marcada pela voz (e tiques da voz) e os poemas imensos que o Manel desfila de rajada.

22 – Paraguaii – “Dream About The Things You Never Do” (Março 2017)

“Dream About The Things You Never Do”, segundo disco de originais da banda de Guimarães, é assumidamente o registo mais pop do colectivo. Oito temas que propõem um jogo constante entre os universos mais dançantes da música electrónica, nascida ou devedora dos anos 80, e a genética rock do colectivo.

21 – TT Syndicate – “TT Syndicate” (Junho 2017)

Segundo as palavras de Pedro Tenreiro, os TT Syndicate vão a jogo em tudo: desde a Soul suja e visceral de “No one’s gonna rule my world”, que junta duas das mais carismáticas vozes portuenses, Marta Ren e o anfitrião Pedro Serra, à deliciosa exótica de “Jungle Eva”, passando pelos sofisticados Rhythm & Blues de “What ever happened to you”, pelo Rock’n’Roll incisivo de “Mighty fine” ou pelo Popcorn, ao melhor estilo crooner, de “Melacholic mood” e, no fim, são só e apenas eles