Os 6 novos discos internacionais que se vão ouvir no Musicbox…

Ainda a fazer um balanço do que foi o ano de 2017, o Musicbox já revelou alguns dos destaques de programação internacional da primeira metade do ano de 2018. Do soul de Myles Sanko (na photo) ao punk rock de METZ, eis os 6 novos discos internacionais que serão ouvidos no Musicbox na primeira metade de 2018.

Logo em Janeiro, no dia 25, Myles Sanko, nova cara do soul, regressa ao Musicbox um ano após o seu último concerto em Lisboa. Dois álbuns e uma tour com Gregory Porter depois, o cantor britânico apresenta agora “Just Being Me”, o seu mais recente disco de estúdio. Neste disco sobre o amor, a esperança e a política, Myles Sanko apresenta onze composições novas onde mostra um lado mais íntimo.

Wand actuam no Musicbox a 3 de Fevereiro. O grupo de Los Angeles traz consigo “Plum” (2017), quarto disco de estúdio e o primeiro com uma nova formação. Composto a partir de improvisações levadas a cabo ao longo de 2016, a música de “Plum” foge a quaisquer definições dentro de um ou outro género musical; o cenário multi-cromático que dele resultou posiciona a banda numa lógica de pastiche, reflectindo os gostos e influências musicais dos cinco músicos que compuseram o álbum, o que evidencia claramente um ponto de viragem na carreira de WAND. “Plum” é, até à data, o mais consistente e melhor álbum de Wand.

Adrian Crowley actua em Lisboa no dia 9 de Fevereiro, acompanhado pela cantautora Nadine Khouri, que fará a primeira parte do seu concerto e partilhará palco com o músico. O cantautor irlandês percorre, neste concerto, os temas de “Dark Eyed Messenger“, o seu oitavo álbum de estúdio, produzido Thomas “Doveman” Bartlett, conhecido pelos trabalhos com Sufjan Stevens ou Martha Wrainwright. Melancólico e intimista, com arranjos minimalistas que se desenrolam a tempos lentos, “Dark Eyed Messenger” é um disco que tem tanto de devastador como de bonito.

Moon Duo estão de regresso no dia 12 de Fevereiro ao Musicbox (na sua mini-tour passam pelo gnration no dia 9 e Salão Brazil no dia 10). O duo que junta Sanae Yamada e Ripley Johnson apresenta nesta tour portuguesa o seu quarto álbum de estúdio “Occult Architecture” (2017), opus psicadélica lançada em dois volumes: o primeiro, associado a um lado mais feminino e à escuridão, e o segundo, o lado masculino, dedicando à luz. “Occult Architecture” representa uma mudança de perspectiva na sonoridade de Moon Duo: através da lógica do Yin e do Yang, o grupo embarca numa viagem cósmica pelas suas sonoridades mais soturnas e brilhantes, explorando novas texturas e paisagens sonoras para reflectir sobre a dualidade harmoniosa entre a luz e a escuridão visível nos ciclos da estações e nas variações do dia para a noite e da noite para o dia.

Abril será mês de altas tensões. No dia 12, Protomartyr levam “Relatives in Descent” ao Musicbox, quarto álbum de estúdio e o primeiro pela Domino Records. Neste novo trabalho inspiram-se na natureza imprevisível da verdade, oferecendo novas perspectivas e texturas sonoras, sem nunca se afastarem daquilo que é a essência sonora dos Protomartyr. Ao longo de todo o disco, existe uma sensação de constante desconcerto acerca do mundo e do futuro.

METZ actuam pela primeira vez a solo na cidade lisboeta. No dia 18 de Abril, o trio canadiano apresenta “Strange Peace”, terceiro disco de estúdio que apresenta uns METZ na sua melhor forma. Mantendo a sonoridade feroz e visceral, os METZ adicionam agora harmonia às suas canções. Menos abrasivos, os METZ não abrandaram o ritmo, muito pelo contrário; em “Strange Peace” mostram como é possível criar uma sonoridade mais colorida mas igualmente brutal, onde os pormenores merecem atenção: a importância deixou de assentar no volume e passou a estar na surpresa dos detalhes.

Ainda na primeira metade de 2018, Mdou Moctar, cantautor nigeriano, regressa ao Musicbox, levando os sons do Sahara e o blues rock tuaregue ao Cais do Sodré. Mdou Moctar é um dos poucos músicos dentro da cena Tuareg a desafiar os limites do género, através do desenvolvimento de um estilo pouco convencional que mistura tuareg com electrónica e técnicas de takamba e assouf. O seu estilo moderno e desafiador do tradicional trouxe a sua música para fora da Nigéria, levando-o a fazer diversas tours pela Europa e Estados Unidos da Europa.

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