Orquestra Jazz de Matosinhos em itinerância com “Viagem Pelo Jazz Português: Compositores”

A Orquestra Jazz de Matosinhos arranca, dia 1 de Outubro, com a itinerância “Viagem Pelo Jazz Português: Compositores“, no Teatro Municipal de Bragança, no âmbito do Festival Bragança Jazz. A 5 de Novembro é a vez do Centro Cultural das Caldas da Rainha receber a big band, no regresso ao Festival Caldas Nice Jazz.

 

Depois de dois ciclos de “Uma Viagem Pelos Tempos do Jazz”, em 2018 e 2019, onde se recordou o chamado “período de ouro” das big bands nos EUA até aos dias de hoje, a OJM recupera agora aquele que tem sido o seu mais valioso contributo para o legado do Jazz ao longo dos anos: o estímulo à criação de originais para big band.

Recorde-se que, desde 2001, a OJM tem vindo a apostar continuamente na construção de um repertório português para orquestra de jazz começando com a música dos seus directores, Pedro Guedes e Carlos Azevedo, mas também com encomendas a outros compositores como Zé Eduardo, Mário Laginha, Bernardo Sassetti, Carlos Guedes, Pedro Moreira, Luís Tinoco, Paulo Perfeito, entre outros. O resultado é um extenso repertório de grande qualidade do qual será apresentada uma selecção cuidada e dinâmica.

 

Assim, no concerto “Viagem Pelo Jazz Português: Compositores“, a OJM vai recordar algumas das encomendas feitas ao longos dos anos, tendo em consideração a diversidade na escrita e no estilo. Temas estreados pela orquestra, como por exemplo “Pescaria”, de Bernardo Sassetti, a única obra composta para big band pelo pianista e tocada pela primeira vez na Porto Capital Europeia da Cultura 2001. Mas também, “Singularity”, a primeira composição de Nelson Cascais para orquestra; “Syzygy”, de Marco Barroso; “Melusina”, de Pedro Moreira, a partir de uma figura mítica, oriunda de uma das várias tradições populares que relatam o mito da sereia; “A Ascenção do Quadrado Verde”, de António Torres, peça que celebra a obra de Amadeo de Souza-Cardoso; “Fragmentos, Interlúdio e Canção IX” de Daniel Bernardes; “8 de Maio”, de Paulo Gomes, composto em memória das vítimas da II Guerra Mundial; e “Original Sin”, de Paulo Perfeito, que teve como ponto de partida o início do Universo tal como se pensa que aconteceu: o Big Bang.

 

Em 2021 realiza-se a última fase da itinerância com a digressão “Viagem Pelo Jazz Português: Novos Talentos”, dedicado às composições dos jovens músicos que, duas vezes por ano, a OJM convida como solistas no ciclo Novos Talentos do Jazz.

Posteriormente, o repertório dos concertos “Viagem Pelo Jazz Português” serão registados em disco.

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