Ópera Dadaísta MANIFESTO NaDa no Festival CriaSons IV

A 4.ª edição do grande fórum dedicado à promoção da criação contemporânea e divulgação da música erudita nacional já arrancou e dedica-se ao Teatro-Música de Constança Capdeville.

O segundo programa a subir ao palco é a ópera Manifesto NaDa de António de Sousa Dias, uma ode ao movimento DADA que, no início do século XX, provocou ruturas com as normas na arte e inspirou inúmeros artistas e coletivos de vanguarda.

Se a recriação de FE…DE…RI…CO…, de Constança Capdeville (1937-1992), inaugurou o Festival CriaSons IV no início deste mês de novembro, a proposta é agora que os compositores convidados assumam o género musical e performativo que Capdeville cunhou, apresentando a sua própria versão de Teatro-Música.

António de Sousa Dias, músico, professor e investigador, apresenta assim, a 30 de novembro, no Teatro Aberto, Manifesto NaDa, uma “ópera-manifesto contra e a favor de tudo, e decididamente sobre nada”.

Bebendo inspiração no irreverente e disruptivo movimento DADA, que no início do século XX inspirou inúmeros artistas e coletivos de vanguarda, Sousa Dias cria um espetáculo que rompe com os cânones e dá largas à ousadia.

Em Manifesto NaDa, onde a lógica não é regra, o compositor propõe uma viagem possível pelo universo estabelecido pelo nome maior do dadaísmo, Tristan Tzara, e fá-lo com uma música e performance que criam uma linha ténue entre o surreal e o verdadeiro.

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