Onironauta de Tânia Carvalho em estreia na Culturgest

Com um percurso de mais de 20 anos e internacionalmente reconhecida, a bailarina e coreógrafa Tânia Carvalho apresenta, em estreia nacional, o espetáculo Onironauta, de 30 de janeiro a 2 de fevereiro, na Culturgest, em Lisboa, seguindo depois para mais três cidades portuguesas: 6 de fevereiro, em Guimarães, no Centro Cultural Vila Flor, no âmbito do festival GUIdance, nos dias 6 e 7 de março, no Teatro Municipal do Porto – Campo Alegre e a 13 de março, em Viseu, no Teatro Viriato.

 

Com interpretação de Bruno Senune, Catarina Carvalho, Cláudio Vieira, Filipe Baracho, Luís Guerra, Marta Cerqueira e Vânia Doutel Vaz, Onironauta teve estreia mundial a 23 de janeiro, na Maison de la Danse, em Marselha.

São sete bailarinos, como os dias da criação. Sete bailarinos ou encarnações físicas de um onirismo sob controlo. Sete corpos saídos dos limbos amargos de um sono desperto, dirigido e condicionado. O de seu demiurgo, igualmente em cena, Tânia Carvalho, ao piano. A luz é chamada “dia” e as trevas “noite”.

 

Com coreografia e direção de Tânia Carvalho, a música também está a cargo da coreógrafa e de André Santos, enquanto a criação dos figurinos passa igualmente pelas mãos da criadora e de Cláudio Vieira, assim como para o desenho de luz, com Anatol Waschke.

Onironauta (do grego óneiros, sonho + náutés, navegante) remete para o mundo dos sonhos e do invisível. Viajar através dos sonhos pode ser uma forma de criar uma obra de arte, mas também de a entender. Mesmo que os olhos, entretidos, não se deem conta, o espírito é o espectador mais atento.

 

Tânia Carvalho constrói, assim, a sua cosmogonia misteriosa num conjunto de códigos que transcendem a própria dança. As suas criações vagueiam pelas sombras, pela vivificação da pintura, pelo expressionismo e pela memória do cinema.

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