O minimalismo electrónico de Yann Tiersen no EDPCOOLJAZZ

Em 2001 Yann Tiersen já tinha uma respeitável carreira musical, mas fora do seu país poucos o conheciam. Naquele ano, Amélie, o filme de Jean-Pierre Jeunet foi uma verdadeira bomba e com ela (a bomba) a sua banda sonora assinada justamente por Tiersen. Foi difícil para ele sobreviver ao sucesso dessa banda sonora, além disso, foi um desvio enorme na sua carreira musical.

Mas Yann Tiersen conseguiu sobreviver, e conseguiu enterrar essa memória e levar sua música a um público muito mais amplo como o que aconteceu na noite de quinta feira, 21 de Julho no EDPCOOL JAZZ.

A sua música minimalista e etérea coloca-o muito próximo da natureza. Na música que apresentou há muito desse bretão cool, introspectivo e magnético, bem como nas peças instrumentais deste compositor inquestionavelmente habilidoso, dotado de construir as suas obras a partir de padrões melódicos e mínimos e de ser evocativo em todos os compassos.

O criador das bandas sonoras de Amélie ou Good Bye Lenin! foi o único protagonista a subir ao palco com um arsenal de sintetizadores complementado por jogos de luzes que serviu de base à apresentação do seu novo álbum “11 5 18 2 5 18”.

Na primeira parte Émilie Tiersen apresentou o seu projecto Quinquis. A artista multi-instrumentista, com mais de 10 anos de experiência, explora através da música a sua cultura, história e identidade, apresentou o novo álbum “seim” numa estreia em palcos nacionais.

 

Fotografias / Reportagem: Arlindo Homem

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