O Citemor 2017 arranca esta sexta-feira…

A 39ª edição do Festival de Montemor-o-Velho tem início este fim de semana. O Teatro Esther de Carvalho acolherá a música da dupla Lavoisier, na sexta 17, e “Notas de um primata suicida” de Miguel Bonneville no dia seguinte, sábado 18, sempre às 21h30. No Quarteirão das Artes, também em Montemor-o-Velho, poderá visitar uma instalação vídeo com as três obras finalistas do LOOPS.LISBOA 2016. São os primeiros dias de um programa composto por oito propostas performativas, dois concertos e uma instalação video, que se estende até 9 de dezembro, entre Montemor-o-Velho, Coimbra e Figueira da Foz.

A abertura do Citemor 2017 fica a cargo dos Lavoisier que, partindo do conhecido lema “na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma“, se inspiraram nas recolhas de Giacometti e no cancioneiro popular português para criarem as suas versões que respiram contemporaneidade. Patrícia Relvas e Roberto Afonso acabam de lançar o primeiro disco de originais, “É Teu”, que servirá de base ao concerto da próxima sexta-feira.

“Notas de um primata suicida” é a última estação do projecto a “Importância de ser Paul B. Preciado” que Miguel Bonneville vem a desenvolver desde o final de 2016.

Após a residência de criação em Montemor-o-Velho, em agosto, Miguel Bonneville estreou em outubro “Arquipélago”, em Lisboa.  No final de um longo processo de criação, o artista revela a exaustão que advém da imersão – uma espécie de paixão que esmorece – nas obras e teorias de género do filósofo espanhol Paul Preciado e apresenta-nos uma performance singular – uma ilha.

“Notas de um primata suicida” é o último suspiro do projecto, a solo.

LOOPS.LISBOA resulta de uma parceria do Festival Temps d’Images Lisboa e do Museu Nacional De Arte Contemporânea – Museu Do Chiado, que pretende apoiar a criação na área da videoarte. A diversidade de olhares sobre o conceito de loop marca tanto os 135 trabalhos inscritos quanto os três finalistas do LOOPS.LISBOA 2016: trabalhos que também dialogam com o cinema, o teatro, a performance, o ativismo, a poesia. A exaustão do loop de “Zootrópio” de Tiago Rosa-Rosso Carvalhas; os segundos de terrorismo poético que se transformam em suspensão de tempo de “Today, I am just a butterfly sending you a sentence” de Patrícia Almeida; e a extensão dos limites do espaço de “Laje Branca” de Pedro Vaz, perfazem o recorte curatorial da segunda edição de Loops.Lisboa

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