A distancia de “Los Angeles” a “El Mal Querer” é de apenas um ano, mas esse ano foi o mais importante na carreira de Rosalía Vila Tobella, a cantora de flamengo espanhola nascida em Barcelona e que conquistou o mundo com o seu mais recente disco.
“El Mal Querer” foi um disco de referência em 2018 para a maioria da imprensa internacional. Um disco que surgia como uma lufada de ar fresco na música tradicional espanhola, juntando ao flamengo, a modernidade atual, sem esquecer umas pinceladas latinas dos ritmos de regatton, caso de “Brillo” com J Balvin.
James Blake também se encantou com Rosalía, “Barefoot in the Park “ é o resultado desse amor correspondido.
Em palco o sucesso estava garantido com uma das maiores afluências da edição de 2019 do NOS Primavera Sound. Visualmente bem conseguido, Rosalía mostrou em palco que não está de passagem, mas sim para deixar o seu cunho própria nos próximos anos.
Apesar das criticas por parte de uma ala mais conservadora do festival, a passagem de Rosalía pela palco maior do festival foi uma aposta ganha, não desvirtuando o line up do mesmo, à semelhança da edição de 2018 onde o hip hop como outsider conquistou o público.
Em palco, Rosalía não seguiu a mesma linha condutora do disco, onde as canções surgem classificadas em capítulos. Do poder de “A Ningún Hombre“ á disputa de “De Aquí No Sales”, passando pela Liturgia de “Bagdad”, nada foi deixado de lado. De “Los Angeles” ficou a memória de “Catalina”.
Pienso En Tu Mirá
Como ali
Barefoot in the Park (com James Blake)
De madrugá
Catalina
Que No Salga La Luna
Maldición
Te estoy amando locamente
A Ningún Hombre
De Aquí No Sales
Di Mi Nombre
Bagdad
Brillo (J Balvin)
Lo presiento
Con altura
Aute Cuture
Malamente
Fotografias: Paulo Homem de Melo
Reportagem: Sandra Pinho