NOS Primavera Sound 2019… As revoltas e memórias de Neneh Cherry

“Who’s that gigolo on the street… you better watch, don’t mess with me, no moneyman can win my love”.
Terá isto sido escrito por um artista trap de Brooklyn anteontem?

Cantando por uma estrela pop que ganhou força com o movimento #MeToo?… Não.

Buffalo Stance” surgia em 1989 e era uma das canções que dava a conhecer a sueca Neneh Cherry. A canção foi a que encerrou o concerto da artista a fechar a noite no NOS Primavera Sound.
A
fastada dos palco nos últimos anos, Neneh tem um disco novo mas foram as canções que marcaram o seu crescimento como artista que conquistaram o coração do público adulto que trocou o obscuro dos Low e o escarnio de kate Tempest pelas memórias de temas como “Manchild” ou “7 Seconds

Mas Neneh Cherry deu a conhecer a sua revolta contra a sociedade dos políticos mortos. “Broken Politics” é um conjunto de canções que critica os rumos de uma Europa em declínio bem espelhado em “Synchronized Devotion” ou em “Natural Skin Deep”.
Longe de ser o concerto do dia, Neneh Cherry vai ficar na história do NOS Primavera Sound pela memória e mensagens das suas canções.
Seria Erykah Badu, que não permitiu recolha de imagens, a encerrar o palco maior da 8º edição do festival.
Uma edição com aventuras por novas sonoridades, uma grande aposta no feminino, basta ver o alinhamento deste último dia, e uma edição que muito provavelmente serve de porta a novas aventuras e sonoridades para futuro.
Longe da enchente da edição de 2018, ainda assim cerca de 75.000 pessoas fizeram parte da celebração de mais uma edição do NOS Primavera Sound.
Em 2020 de 11 e 13 de Junho a música está de regresso ao parque da Cidade do Porto

Manchild

Synchronized Devotion

Shot Gun Shack

Deep Vein Thrombosis

Kong

Blank Project

7 Seconds

Natural Skin Deep

Soldier

Buffalo Stance

Fotografias: Paulo Homem de Melo

Reportagem: Sandra Pinho

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