Mulheres que fizeram mesmo barulho no MIMO Festival

Não podia ter encerrado de melhor forma a exposição Mulheres que Fazem Barulho, patente desde 8 de março na Casa Comum (à Reitoria) da Universidade do Porto. Algumas das 16 mulheres homenageadas subiram ao palco, erguendo a voz em conjunto para um concerto inédito integrado no Festival MIMO.

Ana Deus & Marta Abreu; Lena d’Água, Francisca Cortesão & Mariana Ricardo; Anabela Duarte & Vera Prokic; Sandra Baptista, Mitó Mendes & Carolina Brandão desdobraram-se em duos e trios e não só, revisitando os seus repertórios intemporais.

E foi com poemas de Natália Correia, Adelaide Monteiro, Judite Teixeira e Maria Teresa Horta, pela voz de Ana Deus e com ambiente sonoro criado por Marta Abreu que este concerto especial começou ao final de tarde de 24 de setembro.

Seguiu-se a voz e imagem exuberante dos Mler Ife Dada, uma das bandas pop mais carismáticas dos anos 80, mas nem todos conheciam a vertente lírica de Anabela Duarte que se fez acompanhar nas teclas por Vera Prokic, recuperando alguns temas mais atuais do seu repertório clássico (ficou a faltar ‘aquela canção’ que marcou a carreira dos Mler Ife Dada).

Seguiu-se o regresso aos palcos de Mitó Mendes e Sandra Baptista com a participação de Carolina Brandão, a ‘baterista’ dos Sunflowers.

Lena d’Água também não veio sozinha. Acompanhada por Francisca Cortesão e Mariana Ricardo recuperou temas antigos e um cheirinho de “Desalmadamente”, o primeiro álbum de originais, em 30 anos.

No final, juntaram-se em palco para recuperar um clássico do rock Português, “Vigaro Cá, Vigaro Lá”, renovando e transformando mais um capítulo fundamentais da história do rock português, escrito no feminino.

Fotografias / Reportagem: Paulo Homem de Melo

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