“Mulheres de Ditadores” regressa às livrarias portuguesas

A edição portuguesa do livro da historiadora francesa Diane Ducret, que foi retirada do mercado em 2012, pouco depois de ter sido editada pela Casa das Letras, regressa às livrarias na próxima semana. Ultrapassada a questão legal que a impedia de ser vendida em Portugal, “Mulheres de Ditadores“, o livro sobre a intimidade de homens como Lenine, Mussolini, Estaline, Hitler ou Salazar, é colocado de novo nas livrarias pelo Grupo Leya.

Chamavam-se Inessa, Clara, Nadia, Magda,, Jiang Qing, Elena, Catherine… E eles Lenine, Mussolini, Estaline, Hitler,, Mao, Ceausescu, Bokassa. Prostitutas ou mulheres da alta burguesia intelectual, paixões fugazes ou amores intensos, eles maltratavam ou adoravam-nas, mas, sistematicamente, voltavam para os seus braços. Esposas, companheiras, musas, admiradoras, todas têm em comum o facto de terem sido vencedoras, enganadas e sacrificadas. Aos seus homens cruéis, violentos, tiranos e infiéis, faziam crer que eram belos, charmosos e todo-poderosos. Sendo a virilidade um dos alicerces do poder absoluto, os ditadores sentiam a necessidade de juntar figuras femininas ao imaginário de poder e domínio que criaram. E assim controlando-os na sombra, por vezes, até à morte, como se vivessem sob a égide de um Pigmaleão. Diane Ducret relata em detalhe os momentos, as estratégias de sedução, os casos amorosos, as intervenções políticas e os destinos diversos, ocasionalmente trágicos, das mulheres que cruzaram o caminho ou passaram pelo leito dos ditadores.

Antiga aluna da Université de Sorbonne e da École Normale Supérieure, Diane Ducret é historiadora, filósofa e jornalista. Apresentou o “Forum de l’Histoire”, no canal História, realiza documentários culturais e é radialista de programas dedicados à História.”Mulheres de Ditadores” é o seu primeiro livro.

 

Uma edição: Casa das Letras

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