Os tambores ribombam em sinal de alvíssaras. É a alvorada de uma nova cantiga inconformada, não fossem os portadores desta boa nova quem são: jovens, modernos à sua maneira, com uma sede infindável de se manifestarem em prol das suas crenças musicadas. É por aqui que começa “Manifesto do Jovem Moderno”, título do álbum de estreia dos Miss Universo.
Essencialmente formado por Afonso Branco e André Ivo, Miss Universo tem-se revelado — do estúdio aos palcos — um projeto a várias mãos. Mas as ideias destemidas vêm, sobretudo, das cabeças deste duo que se apresentou sem meias medidas em “Ser Português” e mostrou ao que inequivocamente vem em “Canção da Rua”.
Já em “Estamos Entregues aos Bichos”, terceira e derradeira canção em antecipação do álbum — que tem edição prevista para o próximo mês, com concertos de apresentação já agendados para Lisboa (15 de Novembro, Musicbox) e Porto (21 de Novembro, Maus Hábitos) —, a tradição volta a cruzar-se com essa modernidade incontornável. Vénia ao presente no que lhe diz respeito, mas com os pés bem assentes no futuro. E a sensação de que já ouvimos estes ritmos e estas melodias antes não se afigura despropositada: afinal, a história, para o bem e para o mal, revela-se cíclica. Assim como a resposta de quem quer mudá-la.
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