MIL… Toty Sa’Med apresentou-se na Discoteca Viking…

Toty Sa’Med, cantor, compositor e multi-instrumentista nascido em Luanda em 1989. É um dos artistas de culto da Nova Música Angolana. As suas influências vão do Rock Psicadélico ao Jazz, mas tudo se iniciou com a música africana, presença constante desde a sua infância. Aos oito anos de idade, o seu interesse crescente pelos vinis e cassetes VHS de concertos que seus pais colecionavam, levou-os a oferecerem-lhe a primeira guitarra e o primeiro teclado Casio. Não passou muito tempo até que começasse a compor e a produzir instrumentais de rap, kuduro e Kizomba para os amigos, no seu pequeno estúdio caseiro, mas a paixão arrebatadora pelos Sembas da geração Ngola Ritmos e pela Música Popular Brasilera levou-o a abandonar as experimentações musicais e dedicar-se exclusivamente à guitarra.

Celebrado pela nova geração de músicos angolanos como Aline Frazão, Gari Sinedima e Selda, com quem colabora frequentemente, é também aplaudido pelos kotas, como Paulo Flores ou Filipe Mukenga, que o chamou para integrar a sua banda no seu regresso aos palcos. A família Mingas, cujo percurso se confunde com a própria evolução da música angolana, reconheceu-lhe o talento, convidando-o a celebrar no palco a vida e obra de André Mingas, e a fazer uma serenata ao patriarca Ruy Mingas nas suas bodas de ouro, interpretando canções que são matéria essencial da identidade musical deste jovem cantautor.

Em 2016, cria a Musseke Records e volta a pegar nos Sembas com a missão de torná-los universais, tornando-os ainda mais locais, mais Luanda. Grava e edita “Ingombota” um EP que volta a juntá-lo a Kalaf Epalanga, com quem partilha a produção. Do alinhamento deste seu primeiro registro discográfico em nome próprio, fazem parte cinco clássicos do cancioneiro angolano e um original. Um registo intimista onde transparecem influências que vão desde Bonga do “Angola 72” ao Caetano de “Araçá Azul”

 

Reportagem/fotografias: Paulo Homem de Melo

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