Jaloo é um ser mutante. Surgiu andrógino, adotou cabelos mais longos e, por ora, assumiu a cabeça raspada. As mudanças poderiam ser apenas estéticas, mas, no caso dele, nenhum movimento é solitário. Tudo faz parte de um ciclo, de um momento e também do seu processo criativo.
Quem foi aos últimos concertos do produtor, cantor e compositor paraense, notou novas músicas no repertório. As canções inéditas foram apresentadas assim: de surpresa, sem anúncio prévio e sem alarde. A ideia é dar continuidade ao processo dos novos singles, que, em seguida, vão compor o novo disco de Jaloo.
Com o álbum de estreia “#1” (2015), com direção artística de Carlos Eduardo Miranda, o artista chamou a atenção não apenas pelas batidas, letras e melodias, mas também pela sua habilidade para se envolver – com sucesso – em cada fase do processo criativo do álbum.
Jaloo compõe, canta, interpreta, remixa, arranja e produz. Ao levar o trabalho para os palcos, Jaloo conseguiu estabelecer um forte laço com o público. Passou pelos principais palcos e festivais do país, entre eles: Lollapalooza, Bananada, Milkshake, Contrapedal e Coquetel Molotov e Virada Cultural. Realizados pelo próprio artista, os videoclipes das faixas “Insight”, “Ah! Dor!”, “Chuva” e “Last Dance” despertaram interesse no campo audiovisual. Em constante movimento, Jaloo vive uma evolução contínua, que, no momento, aponta para o próximo passo da trajetória.
Reportagem e Fotografias: Paulo Homem de Melo
