Miguel Castro apresenta “Se eu vivesse tu morrias”…

Passante, não chores a minha morte, se eu vivesse tu morrias, é a partir deste famoso epitáfio de Robespierre que surge o título desta peça. O passante e Robespierre não podem estar vivos ao mesmo tempo, e no entanto é isso que os dramaturgos e os atores fazem a grosso modo no teatro: o dramaturgo morre, e o ator ressuscita-o sem ele próprio morrer.

Com caráter de ensaio, de uma tentativa ou de uma investigação, “Se Eu Vivesse Tu Morrias” explora um dos limites do teatro: o texto. Contrariando a ideia de que um espetáculo de teatro decorre no presente, esta peça evidencia a não-presença, a fantasmagoria, o outro acontecimento que não é aquele que decorre no presente.

Um espetáculo que não convoca os mortos para a vida, mas que nos convoca a nós para a morte, utilizando o texto como auxílio nesta viagem.

“Se Eu Vivesse Tu Morrias” ganhou o prémio SPA 2017 para melhor Texto Português representado.

 

Concepção: Miguel Castro Caldas, Lígia Soares e Filipe Pinto

Direcção e Texto: Miguel Castro Caldas

Criação, interpretação e figurinos: Lígia Soares, Miguel Loureiro e Tiago Barbosa

Criação, Cenografia, imagem, figurinos: Filipe Pinto

Criação, som, vídeo, luz: Gonçalo Alegria

Direcção Técnica: Cristovão Cunha

Criação e assistência aos ensaios: Catarina Salomé Marques

Pré-produção: Marta Raquel Fonseca

Produção executiva: Vânia Faria

 

Teatro Viriato (Viseu)

3 de Maio 2018 | 21.30h

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