Mazarin editam “Interlúdio” via Monster Jinx

Não é que a geografia seja determinante – há nos Mazarin músicos que chegam de Beja, outros que aterraram na banda vindos de lugares ainda mais a sul –, mas importa saber que foi em Lisboa que se cruzaram, entre estudos académicos avançados de música clássica, derivas pelo Hot Clube em busca de formação jazzística e, sobretudo, espaços dançantes noturnos onde captaram a vibração contemporânea do hip-hop e de múltiplas velocidades eletrónicas…

 

Gravado durante uma residência na Etic, em Lisboa, esta dupla declaração de intenções dos Mazarin parte do jazz, acerca-se de um boom bap clássico, mas possui uma distinta identidade musical que é o resultado das incontáveis horas passadas em cima do palco, em permanente busca de um som próprio que não finja sotaques de Chicago ou de Londres, mas que ostente orgulhosamente o travo do sul de onde chegaram e a ginga da Lisboa contemporânea que adotaram.

 

Os Mazarin são daqui, sem dúvida, mas acreditamos que são bem capazes de irem muito mais longe.

Vicente Booth (guitarra), João Spencer (baixo), Léo Vrillaud (teclas) e João Romão (bateria) integram agora a família da Monster Jinx, assinalando a entrada nesse universo roxo com a edição de um single que é um perfeito indicador da fórmula que têm vindo a desenvolver tranquilamente no laboratório que mantêm na zona Ocidental da capital, mas o som que hoje dominam é o resultado de um percurso atribulado de dois anos de gravações, palcos, estradas e muitas audições.

 

 

 

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