Mariza… no Porto… Simplesmente, Divina!

Mariza, esgotou, ontem, dia 5 de dezembro, o Super Bock Arena. Um concerto único, despido de cenários, só com efeitos de luzes, e em palco uma grande senhora, uma grande voz.

Há pessoas assim, que basta um palco, os músicos e a sua voz, que nos arrepia, que nos comove, que nos eleva a patamares mais profundos, que nos faz sorrir, mas acima de tudo, que nos faz sentir, provoca em nós, público, uma reação, nem que seja inconscientemente.

 

Já não é a primeira vez que assisto aos seus concertos, e há sempre algo que me surpreende, fico sempre comovida, as lágrimas e escorrerem-me pela face abaixo, já se tornou um lugar comum. Fico feliz por assistir aos seus concertos, porque é uma excelente intérprete, uma Diva da nossa música, da nossa Cultura, do nosso meio artístico, que nos cativa com o poder da sua voz.

Os temas interpretados, ontem à noite, foram variados, a título de exemplo, “Lágrima”; “Gaivota”; “Foi Deus”; “Meu Fado Meu”; “Rosa Branca”; “Verde Limão”, entre tantos outros.

Destaco, sem sombra de dúvida, o tema “Chuva”, que foi interpretado na sua, quase totalidade, sem microfone, e aí constatámos o alcance/poder da sua voz , não se ouvia um único ruído na sala, somente a voz de Mariza e a guitarra que acompanhava o tema. O público nem se mexia, foi único e arrepiante. Ovação em pé!

Destaco, também o tema “Melhor De Mim”, tema também interpretado pelo público, que apesar das máscaras, fez-se ouvir bem alto. O tema “Oração”, da sua autoria, também faz parte dos meus destaques, é um tema que me diz muito, e ao mesmo tempo, talvez por ser um tema seu, nota-se na interpretação um sentimento diferente. Não podia deixar de referir os temas “ Ó Gente Ds Minha Terra” e “Barco Negro”, temas que são tão nossos, quando digo isto, quero dizer que estamos lá representados, somos nós povo português.

 

Concerto único, a Mariza é uma cantora como não há outra igual, não há adjetivos que qualifiquem esta exímia cantora. O público participou, ora a bater palmas, ora a cantar, aplaudiu efusivamente, várias vezes de pé. Concerto excecional, cantora para além de fantabulástica, somos pequenos em dimensão, mas grandes em talento.

Destaco pela negativa, a falta de civismo do público, que no final do concerto, começou a sair em debandada, sem cumprir as regras do espaço, os assistentes da Super Bock Arena a pedir para se manterem sentados, pois era para sair uma fila de cada vez, mas ninguém quis saber, quase que as abalroaram. Falta de educação e civismo.

Reportagem: Ana Cristina
Fotografias: Sérgio Pereira

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