Mafalda Veiga… 30 Anos para Comemorar ao vivo

Estreou-se este ano pela primeira vez a solo com “Crónicas da Intimidade de uma Guitarra Azul”, espectáculo em que convida o público a entrar na sua sala de ensaios. Mas foi há 30 anos que começou a tocar ao vivo. Mafalda Veiga celebra esta data com 2 espectáculos muito especiais: 12 de Outubro no Coliseu do Porto; 13 de Outubro no Campo Pequeno, em Lisboa.

Foi em 1988 que formou a sua primeira banda. Escritora de canções, compositora e intérprete, Mafalda Veiga atirou e acertou à primeira: “Pássaros do Sul”, o seu álbum de estreia, chegou rapidamente aos 10 mil discos vendidos. Desde então, nunca mais parou. Concertos esgotados, prémios, discos e um livro infantil.

“Foi nesse ano que realmente a minha vida mudou, com formação de banda, muitos concertos e a consciência de isto poder vir a ser o que gostaria de fazer profissionalmente por muito tempo.”

E assim foi: 30 anos depois, Mafalda mantém um público fiel e uma dedicação total à escrita de canções e à composição musical. Os concertos deste ano são “noites p’ra comemorar”.

“Não quero comemorar em modo de balanço, só em modo de prazer. Adoro tocar, a música é a minha vida. Tem os mesmos caminhos, anda lá por dentro (nunca foi ao lado, nunca foi reflexo, sempre foi uma parte fundamental de quem sou).”

Formada em Literatura, tem 10 álbuns editados – “Praia” é o mais recente, e vem acompanhado de um caderno. Um disco que é simultaneamente livro, até porque, como Mafalda lembra muitas vezes, ela “também é de letras”. Das suas e, no espectáculo mais recente, de algumas letras de outros, que Rui Reininho adaptou para ela. “Crónicas da Intimidade de uma Guitarra Azul” (“título intencionalmente literário”, explica Mafalda) foi a sua estreia a solo, com várias guitarras, pedais e um cenário quase a preto e branco, cuja iluminação é dada pelos ecrãs de televisões antigas.

“Foi bom tocar sozinha para voltar a construir de raiz e fazer, a partir daqui, o espetáculo (com banda) que me faz mais sentido neste momento da minha vida. De alguma forma, estou a ir ao começo do caminho para começar de novo. Gosto de começar de novo, recomeçar, devo ter as raízes de fora porque as tenho sempre muito mais presas ao que sonho e amo do que àquilo que já tive e fui.”

Ao longo deste ano, esperam-se algumas surpresas: Mafalda Veiga vai contar com alguns músicos com quem nunca tocou antes, e fará duetos com outros cúmplices que já convidou para celebrarem juntos “cada lugar seu”.

Partilha