Lady Gaga lançou “Harlequin”, um álbum surpresa inspirado na personagem Harley Quinn de “Joker: Folie à Deux” (antes da estreia do filme, a 3 de outubro). O álbum foi coproduzido inteiramente por Lady Gaga e Michael Polansky, levando os ouvintes numa viagem que desafia géneros musicais e capta a essência de uma das figuras mais icónicas e caóticas da cultura pop. Gaga anunciou o álbum através do seu Instagram esta semana, provocando os fãs com alguns excertos do projeto.
Carinhosamente apelidado de “LG6.5”, “Harlequin” é uma exploração da complexidade emocional crua de uma mulher que prospera no caos, uma força que desafia o género e que não pode ser contida. Tal como Harley Quinn e a própria Gaga, este álbum é imprevisível, repleto de contrastes e assumidamente ousado.
Notavelmente, “Harlequin” é o primeiro álbum inspirado no jazz de Lady Gaga desde a morte do seu colaborador de longa data, Tony Bennett. O álbum representa um passo em frente no sentido de trazer os standards clássicos para a era moderna, como se estas canções intemporais fossem recriadas através das lentes de todas as canções que se seguiram. Gaga dá uma nova vida a estas canções célebres, combinando o seu profundo amor pelo jazz com uma abordagem fresca e vanguardista, honrando o passado enquanto o transporta para um território desconhecido.
O que torna “Harlequin” único é a forma como flutua sem esforço entre todos os estilos musicais, extraindo quaisquer sons que sejam sentidos na sala.
Uma versão moderna da pop vintage, o álbum é influenciado pelo vasto léxico musical americano – fortemente enraizado nos blues e na música americana antiga. Canções como “World On A String” podem ser hoje apelidadas de jazz, mas quando Tony Bennett a lançou, era simplesmente música pop. É este o espírito de “Harlequin” – um disco que desafia rótulos e explora a essência da música americana.
Este é um álbum feito no sentido mais puro, fazendo lembrar uma época em que os músicos simplesmente criavam os discos que queriam fazer. Um álbum feito para ser ouvido do início ao fim, de uma só vez.
Do jazz ao punk, do funk aos blues e tudo o que está no meio, “Harlequin” apresenta arranjos únicos e originais de canções que evocam o caos vibrante e a profundidade emocional da personagem. Clássicos como “Good Morning” e “Get Happy (2024)” são reinventados com letras adicionais – pontuando o espírito rebelde de Harley, enquanto “Oh, When The Saints” e “World On A String” ganham um novo significado através de arranjos peculiares e de alta energia.
O álbum conta ainda com novas interpretações de “If My Friends Could See Me Now” e “That’s Entertainment”, com um forte contraste nas interpretações vocais que trazem à tona o lado malicioso de Harley. “Smile” é transformado num hino assustador de autoconsciência e ironia, enquanto a canção “The Joker” mergulha profundamente na ligação da Harley com o infame Joker, dando aos ouvintes um vislumbre da sua relação distorcida, mas profunda.
Canções originais como “Happy Mistake” e “Folie À Deux” servem como núcleo emocional do álbum, combinando vulnerabilidade crua com energia caótica, refletindo a luta de uma mulher entre o seu sentido de identidade e a sua descida à loucura.
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