KINO – Mostra De Cinema De Expressão Alemã volta a estar presente na Filmin

O KINO – Mostra De Cinema De Expressão Alemã volta a estar presente na Filmin Portugal, de 29 de Janeiro a 6 de fevereiro de 2022, com uma rubrica intitulada KINO no Feminino.

 

Nesta que é a sua 19.ª edição, a iniciativa promovida pelo Goethe-Institut Portugal em colaboração com as embaixadas dos países participantes, dedica o seu foco temático ao futuro e às narrativas femininas, com filmes inéditos e estreias nacionais.

A secção Visões, que inclui obras de realizadoras e elencos já consagrados, apresenta Ninguém está com as vitelas (“Niemand ist bei den Kälbern”), realizado por Sabrina Sarabi, que conta com uma atuação de Saskia Rosendahl e nos confronta com a vida de uma jovem no campo que é tudo menos idílica; O Mundo Jamais Será o Mesmo (“Die Welt wird eine andere sein”), de Anne Zohra Berrached, traz-nos uma trágica história de amor que terá implicações íntimas mas também mundiais; e Jumbo, da luxemburguesa Zoé Wittock, que nos leva consigo numa luminosa viagem surreal por territórios inexplorados com a actriz Noémie Merlant (“Retrato de Uma Rapariga em Chamas”) numa surpreendente interpretação.

 

A secção Perspetivas, marcada pela irreverência e inspiração das primeiras ou segundas longas-metragens de realizadoras de expressão alemã apresenta Ivie mais Naomi (“Iwie wie Ivie”), de Sarah Blaßkiewitz, que com recurso a cenas de uma acutilante e animada sinceridade tematiza as experiências da discriminação vivida na Alemanha, que por mais subtis que possam ser, são também claramente racistas.

 

A Mostra conta ainda com Realidades, secção dedicada aos documentários que revelam diferentes olhares sobre o real (ou as diversas manifestações deste) nos nossos dias. A secção inclui filmes como The Case You, de Alison Kuhn, seis mulheres ajustam contas com uma mesma experiência em que sofreram abusos; em Walchensee para sempre (“Walchensee Forever”), de Janna Ji Wonders, acompanha-se o percurso e os entrelaçamentos de cinco gerações de mulheres; em O grafiteiro de Zurique (“Der Sprayer von Zürich”), Nathalie David mostra-nos de que modo um artista rebelde, atualmente com 82 anos, pode ainda, com toda a naturalidade, provocar a sociedade e desafiar à reflexão; por fim, em Girls | Museum, de Shelly Silver, a realizadora passa a palavra a meninas e raparigas que, num museu, dão a sua opinião sincera acerca do modo como a mulher se encontra presente nesse espaço, deixando-nos boquiabertos

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