Julinho da Concertina… A maior lenda viva do funaná passou pelo FESTA

Sábado 13 de julho foi a data do regresso do FESTA mais uma vez ao Parque Urbano de Ovar para a celebração da Língua Portuguesa. Nesta 6ª edição, Ovar voltou a encher-se de movimento, animação, sonoridades da lusofonia, caras novas e muito para ver e ouvir durante ao longo de 16 horas.

Foi com Julinho da Concertina que a tarde chegou ao fim no parque Urbano da Cidade de Ovar. Ao longo de 2 horas, “Ti Julinho” mostrou que a maior lenda viva do funaná e ao mesmo tempo um tecnicista e virtuoso alterando a gaita para que ela reproduza o “seu” som como referiu em entrevista à Glam Magazine.

A titulo de curiosidade, na era colonial, a concertina era fortemente censurada pela Lei e pela Igreja, e o funaná era reprimido à força e retratado como música básica, de malfeitor, boémio. Um ritmo temido pelas autoridades coloniais pelo seu poder de despertar a mente e por produzir a sensação de liberdade completa. Em Portugal teve igualmente uma conotação negativa, pois os bailes de Funaná eram proibidos no tempo colonial. Mas Julinho nunca deixou de tocar gaita de forma disciplinada.
Fotografias / Reportagem: Paulo Homem de Melo

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