O concerto de JP Coimbra deste sábado, dia 16 de janeiro, no Theatro Circo em Braga, foi cancelado, ainda sem nova data anunciada. O cancelamento deve-se ao facto de entrar em vigor às 00:00 de dia 15 um novo confinamento geral, de recolhimento obrigatório e, onde uma vez mais, os espaços culturais são forçados a fechar.
Para JP Coimbra “parece-me evidente que a redução de contatos diminui a propagação do vírus. Nas salas de espetáculos não existem contatos, existe toda uma estrutura de processos com provas dadas até aqui, que é perfeitamente segura, não só para o público em geral como para as equipas técnicas e os próprios artistas.”
No que diz respeito ao fecho de espaços culturais durante este confinamento geral, o músico é da opinião que “quando se fecham salas de espetáculos, cinemas, bibliotecas, impede-se aquilo de que nunca se fala mas que é o que torna a Cultura um centro nevrálgico de qualquer sociedade, a sua capacidade de provocar uma catarse coletiva. Um espetáculo de dança, um concerto, um filme, uma exposição, provocam em nós uma série de reações – choramos, rimos, sentimos empatia, medo – que fazem com que no fim se acerque de nós uma sensação de “limpeza” de “claridade” que nos permite enfrentar situações como a de agora – uma pandemia – com outra força. Isto que estou a dizer não é novo, não fui eu que inventei, foi dito há mais de 2500 anos por Aristóteles.”
O músico diz-nos mesmo que a “Arte, música, teatro e outras manifestações culturais, contribuem para o bem estar psicológico e para a saúde coletiva e foi isso que por exemplo durante a 2ª guerra mundial, os vários países perceberam e os espetáculos não pararam, muito pelo contrário”.