Tem tantas canções conhecidas (“Pais Tropical”, “Mas Que Nada”, “Taj Mahal”, “Fio Maravilha” entre outras) que em vez de um artista conhecido, Jorge Ben Jor é um desconhecido artista conhecido… mesmo quem não sabe quem ele é e não reconhece qualquer um destes títulos, já ouviu estas músicas e consegue cantarolá-las.
Reza assim a apresentação do Brasileiro Jorge Ben na app do festival NOS Primavera Sound. Aos 74 anos e mais de 50 de carreira, Jorge Ben, com ou sem Jor no final, é o responsável por muitas das músicas que o carnaval evoca todos os anos.
Mas não é só o samba a beber inspiração nas criações de Jorge. O movimento de vanguarda do final dos anos 60 no Brasil, Tropicalia, bebeu de Jorge Ben muita da sua irreverência musical. Caetano, que passou pelo mesmo palco em 2013, vê em Jorge Ben um mestre, um mentor, um exemplo a seguir ao longo da sua carreira.
São muitos os nomes que Jorge deu uma mãozinha, ou um punhado de canções, desde a Bossa Nova à MPB.
Ao longo de 70 minutos, o palco maior do NOS Primavera Sound foi pequeno para acolher o verdadeiro espirito de Carnaval que se viveu no festival.
Desde a abertura do concerto com “Jorge da Capadócia” passando pelos imortais “País Tropical”, “Mas que nada” e “Zazueira”, nada foi esquecido nesta apresentação de Jorge Ben Jor, a única para já este ano na Europa.
Uma aposta claramente ganha num alinhamento que já contou no passado com outros grandes nomes da MPB Brasileira, nomeadamente Caetano Veloso e Elza Soares.
Fotografias: Paulo Homem de Melo
Reportagem: Sandra Pinho
