Jazz no Parque em Serralves está de regresso

A assinalar este ano a sua 31ª edição, a primeira do período pós pandemia, o Jazz no Parque em Serralves celebra os valores da liberdade, diversidade e criatividade com uma programação alargada que reflete esses valores fundamentais.

O cartaz agrupa músicos, na visão de Rodrigo Amado que este ano assume a programação do Jazz no Parque 2022, que são um paradigma de visão e independência, artistas que projetam forte a sua própria voz, expandindo as possibilidades da música para gerações futuras. Diferentes linhagens estéticas, gerações e nacionalidades, unidas por um traço comum – uma abertura incondicional a diversas linguagens e influências. E ainda, como habitual em todas as edições, algo que é cada vez mais determinante e, mesmo, obrigatório, um destaque inequívoco à cena jazz e improvisada nacional, reconhecida atualmente como uma das mais ativas e relevantes na Europa.

Numa época em que as raízes do jazz dão origem a uma música cada vez mais universal, encontramos aqui desafio, aventura e talento destilados sob a forma de música.

 

Luís Vicente é, cada vez mais, um dos nomes incontornáveis da nova improvisação Europeia. O seu crescente reconhecimento internacional é disso um sinal inequívoco. Com raízes profundas no jazz, o trompetista português tem traçado um caminho singular, destacando-se pela relevância artística de algumas das suas formações.

São disso exemplos o trio que mantém com Gonçalo Almeida e Pedro Melo Alves ou este quarteto que temos agora oportunidade de ouvir no palco de Serralves dia 2 de Julho, às 18h00, no Ténis. Trata-se de uma formação internacional que integra dois dos mais vibrantes nomes da música livre atual: John Dikeman, saxofonista americano a residir em Amesterdão; e o contrabaixista Luke Stewart, destacado pela revista Downbeat como um dos 25 músicos de jazz mais influentes da sua geração. A completar o quarteto, o baterista Pedro Melo Alves, também ele líder das suas próprias formações e um dos mais destacados jazzmen da nova geração.

Na abertura do festival, ao início da tarde, pelas 16h00, uma violinista, Maria da Rocha, em solo absoluto. De formação clássica e vocação universal, a jovem instrumentista tem repetido conquistas com uma música irrequieta, que transgrediu a clássica e procurou soluções para existir entre a música eletrónica, a experimentação e a improvisação livre.


 

Partilha