Fugly antecipam novo disco “Dandruff” com single “Mom”

Uma carta de amor tipo carta de reclamação para as mães das crianças crescidas da sociedade sem salário no fim do mês. Objectivos diferentes, estradas mais aos “ésses” do que se quer, nas metas parecidas e cumpridas com distinção. “Mom” é o novo single dos Fugly para o segundo álbum, “Dandruff”, que sai a 18 de Março com selo da portuense Saliva Diva. Um boogie para quem é filho da mãe com muito gosto.

 

Com “Millennial Shit”, em 2018, os Fugly deram a volta a Portugal, à Europa. A carrinha, o seu panzer do rock turbo negro, ficou demasiado cansada e morreu. Agora têm uma carrinha nova e um álbum novo, que traz consigo um novo mestre dos tambores, Ricardo Brito (esse mesmo).

 

Filhos dos anos 90 e adolescentes nos anos 0, cow and chicken e catdog – alguém se lembra do Arnold? aquele do gajo com cabeça de melão, eu curtia bué esse, mas era mesmo difícil de apanhar na tv não sei porquê -, eles querem tudo ao mesmo tempo.

“Space Migrant” e “Stay in Bed”, singles avançados em antemão, vislumbram uma nova roupagem do garage rock que os caracterizou nos trabalhos anteriores, mas eles não se ficam por aqui. Ao longo de 12 faixas, é desenhado um caminho sinuoso entre músicas de correr rápido, genéricos de desenhos animados, muzak de guitarras cremosas, dedicatórias, dedos do meio e outras coisas, inventem vocês se quiserem.

 

A parte mais importante naquilo que é um disco de Fugly são as gargalhadas. É fixe estar feliz e lidar com o stress da renda, de ter um não-trabalho, da namorada, do namorado ou do gato com manchas nos olhos com um sorriso na cara. Este disco dá para rir dos assuntos sérios que daqui a uns tempos vão ser parvos. Pelo menos para eles.

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