Fogo Fogo apresentam ao vivo “Fladu Fla”

Fladu Fla” é o primeiro disco de originais dos Fogo Fogo depois de editados 3 Ep’s e está agora a ser apresentado ao vivo em vários palcos nacionais.

Nas próximas datas desta digressão ao vivo a banda passa por Coimbra e Lisboa.

 

A 11 de novembro, os Fogo Fogo sobem ao palco do Teatro Académico Gil Vicente para celebrar os 35 anos da RUC, Rádio Universitária de Coimbra.

A 14 de novembro pelas 17H30, a banda atua no B.Leza, sala que lhes é muito familiar, no contexto do Circuito Lisboa.

Em palco, a formação é clássica: Edu Mundo na bateria, Francisco Rebelo no baixo, Danilo na guitarra solo e voz, David Pessoa na guitarra ritmo e voz e João Gomes nos teclados. Os Fogo Fogo garantem sempre festa, seja de pé ou sentados.

Em março 2020, a poucos dias da pandemia, os Fogo Fogo terminam a gravação do seu primeiro álbum de originais, nos estúdios Namouche. Contaram com a ajuda dos músicos Jon Luz no cavaquinho, Djair e Zé Mário nas percussões, e na co-produção e mistura, com a ajuda do brasileiro Kassim e o norte americano Victor Rice.

Intitulado “Fladu Fla”, o novo disco é composto por onze temas: nove originais e dois escolhidos do cancioneiro de funaná: “Ka Bu Frontam”, de Menu Petcha, e ”Labrada” de Catchás, aqui no seu primeiro registo discográfico.

 

 “Fladu Fla” sugere-nos um olhar telúrico através de alguns costumes e expressões Cabo-verdianas. É o caso da canção que dá nome ao disco e que aborda o costume da maledicência e da perpetuação do boato, da notícia sensacionalista pouco fundamentada.

Mas outras canções como “Snaki Pa Guloso”, ”Ca Ta Da”, “Dia Não” ou “Hora Di Bai”, apontam também, ora para reflexos de consequências de sonhos cheios de esperanças e coragens na hora de partir (“Hora Di Bai”), ora as impossibilidades de viver sem saúde, amor ou dinheiro (“Ca Ta Da”), ou o quão difícil é viver nas malhas do preconceito (“Dia Não”), ou ainda ao apontar e espetar o dedo no manjar exclusivo do privilégio (“Snacki Pa Guloso”).

 

Integram ainda o alinhamento sons de clássicos do “funana” que a banda transporta para os tempos de hoje, utilizando instrumentos elétricos e formações musicais semelhantes às dos grupos de pop/rock e afro/funk/reggae dos anos 60/70. Com influências de rock psicadélico e dub, alguns dos estilos mais experimentais dessas épocas, procuram levar mais longe essa tradição, à luz dos dias de hoje.

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