Festival Porta-Jazz 2017… Maior edição de sempre em Dezembro

Concertos, lançamentos de discos, oficinas e jam sessions, o Festival Porta-Jazz está de regresso com a maior edição de sempre. De 2 a 9 de Dezembro, o Porto vai receber 70 músicos profissionais, 20 dos quais estrangeiros, numa programação composta por 17 concertos entre estreias e parcerias artísticas.

O Rivoli, a Casa da Música, a FEUP (Faculdade de Engenharia da Univ. do Porto), o Passos Manuel e a Sala Porta-Jazz – sede da associação – vão ser os palcos da 8.ª edição do festival. Haverá ainda oficinas na ESMAE (Escola Superior de música, Artes e Espectáculo) e um encontro de escolas de jazz no Conservatório de Música do Porto.

2 Dezembro 2017
18h00 Sala Porta-Jazz – Gysler-Perez-Nick Trio (CH) – AMR
19h00 Sala Porta-Jazz – The Nada (PT)
22h00 Sala Porta-Jazz – Controvento (CH) – AMR

3 Dezembro 2017
11h00 Conservatório Música do Porto – Encontro Escolas (Oficina)
14h30 Conservatório Música do Porto – Encontro Escolas
21h30 Casa da Música – Coreto apresenta “Analog” (PT)
22h30 Casa da Música – In Love With de Sylvain Darrifourcq (FR)

5 Dezembro 2017
14h00 ESMAE – Oficina
21h30 Passos Manuel – Mirrors (Guimarães Jazz / Porta-Jazz #3) (PT, ES)
22h30 ESMAE – Jam Session

6 Dezembro 2017
21h30 FEUP – Ariel Bringuez Quarteto present “Jazzing the Classics” (CU, AG)

7 Dezembro 2017
21h30 Rivoli / Grande Auditório – Ricardo Toscano Quarteto (PT)
22h30 Rivoli / Grande Auditório – Eduardo Cardinho Group (PT, NL)
23h30 Rivoli / Café-Concerto – Gomes/Rosado/Monteiro (PT) + Jam Session

8 Dezembro 2017
18h00 Rivoli / Pequeno Auditório – AP Quarteto (PT)
19h00 Rivoli / Pequeno Auditório – LAMA (PT, CA)
21h30 Rivoli / Grande Auditório – Porto-Barcelona Connection feat. Marco Mezqui-da (PT, ES)
22h30 Rivoli / Grande Auditório – AXES (PT)
23h30 Rivoli / Café-Concerto – ESMAE Ensemble + Jam Session

9 Dezembro 2017
19h00 Sala Porta-Jazz – Bode Wilson apresenta “Lascas” (PT, AR)
22h00 Sala Porta-Jazz – Ricardo Formoso apresenta “Origens” (PT, ES)

Gysler-Perez-Nick (CH) Parceria AMR / Porta Jazz

Cédric Gysler, Raphael Nick, Evaristo Perez

Na linhagem dos grandes trios de jazz, este grupo toca despreocu-padamente sons tons e jazz contemporâneo. De forma livre e descontraída, as suas improvisações são inspiradas pela musica-lidade de EST, Brad Mehldau e Enrico Pieranunzi. Estes três músicos suíços tocam regularmente no circuito europeu, juntos e em diferentes formações. Gostam de partilhar com alegria as suas ideias musicais e contrapontos rítmicos.

The Nada (PT)

João Guimarães, sax/ teclado; Eurico Costa, guitarra; Filipe Louro, baixo; José Marrucho, bateria

O quarteto The Nada nasceu da ânsia de procurar novos cenários, de influências diversas, de onde a improvisação pudesse emanar naturalmente, sem abdicar de algumas das premissas fundamentais do jazz. O resultado, de forte carácter “jazz-fusão-sem-pudor”, algures entre o rock das franjas, o pop da Enya e o free-jazz, é o que se pode ouvir no disco homónimo, editado pelo Carimbo Porta-Jazz em 2016.

Controvento (CH) Parceria AMR / Porta Jazz

Luca Pagano, electric guitar; Reto Suhner, alto flute/ alto saxophone; Paolo Orlandi, drums; Brooks Giger, doublebass

Sem líder de banda, este grupo aceita e encoraja a sensibilidade e o gosto de cada membro. O trabalho centra-se na comunicação entre os músicos, promovendo uma linguagem musical comum, enquanto se respeita a criatividade e as diferentes influências individuais.

Coreto, lançamento de “Analog” (PT)

João Pedro Brandão, saxofone alto/ flauta; José Pedro Coelho, saxofone tenor; Hugo Ciríaco, saxofone tenor; Rui Teixeira, saxofone barítono; Ricardo Formoso, trompete; Susana Santos Silva, trompete; Andreia Santos, trombone; Daniel Dias, trombone; AP, Guitarra; Hugo Raro, piano; José Carlos Barbosa, contrabaixo: José Marrucho, bateria

Em “Analog” a musica é inteiramente composta por João Pedro Brandão que, desta vez, se dedica à exploração de um imaginário sugerido pelo mundo analógico, transpondo os seus “ruídos” para a instrumentação deste Ensemble de 12 músicos – Ecos, ressonâncias, um curto circuito, as interferências ou o atraso numa comunicação telefónica por fio, uma mensagem em código morse, a procura de uma estação de rádio, são o mote para a composição escrita que abre espaço para momentos solísticos, improvisados e de composição colectiva.

O Coreto é formado por 12 elementos da nova geração de músicos ligados à cidade do Porto, cujas actividades individuais são reconhecidas na cena jazzística nacional e internacional.

O grupo surge no coração da Associação Porta-Jazz com o objectivo de criar um “espaço” para a exploração e concretização de um repertório original e experimental, proveniente das mais variadas fontes criativas que emergem no Jazz em Portugal. Os seus três álbums, lançados pelo Carimbo Porta-Jazz, foram reconhecidos pela crítica nacional. “Aljamia” (2012) e “Mergulho” (2014) foram considerados os melhores do ano, e “Sem Chão” (2015) valeu à banda o prémio de Grupo do Ano na comemoração dos 50 anos do programa “5 minutos de Jazz” de José Duarte.

Sylvain Darrifourcq IN LOVE WITH (FR)

Sylvain Darrifourcq, drums/ percussions/ composition; Théo Ceccaldi, violin; Valentin Ceccaldi, cello

IN LOVE WITH são os desejos e formas de alguma maneira presos numa estreita e implacável geometria. É epiléptico, fugaz, agitado, duro mas possivelmente também quieto ou apático.

É a violência de uma linha recta. O inventivo e virtuoso baterista francês Sylvain Darrifourcq lidera este “minimalista-brutal-jazz” trio através de composições abstractas, de derreter o cérebro, chegando como uma mistura de Ligeti, Satie, Mr. Bungle e texturas belas de música de câmara.

Mirrors (Guimarães Jazz / Porta-Jazz #3) (PT, ES)

João Mortágua, saxofones e composição; Ricardo Formoso, trompete e fliscorne; Virxilio da Silva, guitarra; José Carlos Barbosa, baixo elétrico; Iago Fernandez, bateria; Hernâni Reis Batista, instalação e projeção

Mirrors propõe-se explorar as simetrias enquanto portais para um espaço inter dimensional, em que do seu eixo surgem novas sensações e até novos paradigmas.

Num clima de constante descoberta, o mundo que conhecemos metamorfoseia-se a partir de espelhos musicais que emanam de si uma outra arte: a que é feita de nós mesmos, enquanto ser coletivo. A criação artística deste projeto parte assim do sentir terreno e da respetiva reação a essa viagem sónica, através do portal-espelho e evolução inerente.

Ariel Bringuez Quartet “Jazzing the Classics”

Ariel Bringuez e o seu quarteto trazem-nos o projecto “Jazzing de Classics“ onde oferecem uma releitura a fragmentos musicais de total transcendência das obras de grandes compositores europeus como Mozart, Beethoven,Dvořák, Shostakovich, entre outros…

Uma apropriação das obras de estes grandes musicos, diferenciada pelas nuances do legado musical afro-cubano que os arranjos de Bringuez conferem, ao carácter universal que as caracteriza.

Uma viagem com o Jazz como veículo e a imaginação como destino…

Ricardo Toscano Quarteto (PT)

Ricardo Toscano, saxofone; João Pedro Coelho, piano; Romeu Tristão, contrabaixo; João Pereira, bateria

Ricardo Toscano dispensa apresentações, seja por ter arrebatado a atenção de tantos espectadores na soma de grandes concertos que liderou nos últimos anos, ou mesmo pelos prémios que recebeu como Saxofonista Revelação (Festa do Jazz do São Luiz, 2010) e o Prémio Jovens Músicos (25ª edição, Antena2).

Nas palavras de António Curvelo: “Ricardo Toscano não é uma esperança do jazz que se faz em Portugal. Ricardo Toscano é a certeza de que o jazz que se faz em Portugal é muito mais do que uma esperança.”

Eduardo Cardinho Group (PT, NL,SP)

Eduardo Cardinho, Vibrafone; José Pedro Coelho, Saxofone Tenor; Xavi Torres, Piano; André Rosinha, Contrabaixo; Jamie Peet, Bateria

Este grupo liderado pelo Vibrafonista Eduardo Cardinho, é um projecto fruto da sua estadia em Amsterdão, onde junta diferentes músicos do panorama jazzístico europeu como Holanda, Portugal e Espanha.

AP Quarteto (PT)

AP,guitarra; Carlos Azevedo, piano; Filipe Teixeira, contrabaixo; Acácio Salero, bateria

Lento” é o resultado de uma procura em que a composição e a improvisação se juntam para darem voz às canções.

As melodias, simples e espaçadas, contrastam com grooves fortes, que por vezes criam uma espécie de “ilusão” rítmica. Em alguns temas os improvisos são uma continuação das partes escritas diferenciando-se de outros onde a improvisação dita o sentido da música que tenta sempre ser fresca e imprevisível.

LAMA (PT, CA)

Susana Santos Silva, trompete; Gonçalo Almeida, contrabaixo; Greg Smith, bateria

Com 4 discos lançados na prestigiada editora Cleanfeed – “Oneiros” (2011); “Lamaçal” (2013) com a colaboração do saxofonista Chris Speed; “The Elephant’s Journey” (2015); e “Metamorphosis” (2017) com o clarinestista Belga, Joachim Badenhorst – Lama está na fronteira entre o mainstream e a vanguarda do jazz. Reproduz os conceitos harmónicos convencionais do género, mas incorpora igualmente a liberdade da improvisação, o gosto pelas texturas abstractas e as cores extensivas proporcionadas pelo uso da electrónica.

Porto-Barcelona Connection feat. Marco Mezquida (PT, ES)

Marco Mezquida, piano; Marcel Pascual, vibrafone; Nuno Campos, contrabaixo; Marcos Cavaleiro, bateria

Porto e Barcelona como vértebras urbanas do jazz ibérico estão conectadas neste novo projeto. Depois de viver sete anos no Porto, o vibrafonista de Barcelona Marcel Pascual, junto com os portugueses Nuno Campos e Marcos Cavaleiro, habituais da cena jazzística portuense e com anos de formação em Barcelona, convidam o pianista menorquino Marco Mezquida, com quem Marcel Pascual e Nuno Campos já colaboraram noutros projectos. Afincado na capital catalã e um dos nomes mais importantes do jazz espanhol actual, Marco Mezquida é possuidor de uma voz única e dinâmica que já tem chegado a auditórios e salas de toda Europa, América e Japão. A música deste quarteto reflecte a sinergia de ideias, momentos e sensações a partir de composições originais dos membros do grupo para esta ocasião e uma liberdade criativa na improvisação que permite a partilha honesta das quatro personalidades no palco.

AXES (PT)

João Mortágua, sax alto e soprano; José Soares, sax alto; Hugo Ciríaco, sax tenor; Rui Teixeira, sax barítono; Pedro Vasconcelos, bateria e percussões; Alex Lázaro, bateria e percussões

Fundindo elementos do jazz, rock e folk, e assente na tradição da música de câmara para quarteto de saxofones, AXES interpreta uma valiosa parte das mais recentes composições do saxofonista João Mortágua. Reunindo um núcleo de nomes consagrados da cena nortenha, estamos perante um grupo de sonoridade peculiar e desafiante, que esbate barreiras e propõe a criação de sinergias entre ritmos, timbres e diferentes estéticas.

Bode Wilson, lançamento de “Lascas” (PT; AR)

João Pedro Brandão, saxofone alto/ flauta; Demian Cabaud, contrabaixo; Marcos Cavaleiro, bateria

O Bode regressa à aldeia que o viu nascer depois de um período à venda no OlX mas sem sucesso. Com o nome espiritual Capra Aegagrus Hircus, veio para mais estragos, convívio, conversas curtas e Tantra Lácteo. Na sua rotina diária, pratica de forma disciplinada para um dia também ele fazer parte das vozes Búlgaras.

Ricardo Formoso, lançamento de “Origens” (PT; ES)

Ricardo Formoso, trompete; Carlos Azevedo, piano; André Fernandes, guitarra; José Carlos Barbosa, contrabaixo; Marcos Cavaleiro, bateria

O trompetista Ricardo Formoso começou a estudar trompete aos nove anos no Conservatório de Música de A Corunha e finalizou a licenciatura em Jazz na ESMAE. Desde a sua chegada a Portugal teve oportunidade de colaborar com diversas formações, das quais se destaca a Orquestra Jazz de Matosinhos e o ensemble Coreto Porta-Jazz. Trabalha ainda como docente no Curso Profissional de Jazz do Conservatório de Música de Coimbra. “Origens” constitui o primeiro projecto como líder e contém um repertório original que descreve não só a cronologia do trompetista em Portugal, mas também as suas influências musicais.