Festival Para Gente Sentada com cartaz fechado

Aos já confirmados Nils Frahm, Marlon Williams, Alice Phoebe Lou e Núria Grahm (na foto) juntam-se Medeiros/Lucas, Filipe Sambado, Riding Pânico, IAN, Madrepaz e West Coast Man, numa programação diversificada que vai levar o melhor da música a Braga nos dias 16 e 17 de Novembro.

O pop cruza o folk e chega a Braga com Medeiros/Lucas. O projecto, originário dos Açores, traz o sal na voz e a capacidade inigualável de cantar histórias de Medeiros, à qual Lucas junta a irreverência e juventude da guitarra e das programações. O último trabalho, “Sol de Março“, dá continuidade aos primeiros registos, onde uma viagem marítima serviu de metáfora a viagens existenciais. Para a nova aventura, juntaram as palavras de  João Pedro Porto, o percussionista mexicano Ian Carlos Mendonza e o teclista de jazz Augusto Macedo, para descobrirem novos caminhos no capítulo final de uma trilogia que integra ainda “Mar Aberto” (2015) e “Terra do Corpo” (2016). Uma experiência descrita como “um ensaio poético-musical sobre o alcance da razão” que levam ao palco do gnration.

Filipe Sambado é cantautor e produtor. Depois do aclamado “Vida Salgada” em 2016, chegou com um novo trabalho. “Filipe Sambado & Os Acompanhantes de Luxo” é resultado da partilha do processo criativo entre Filipe, responsável pela base das canções, e Os Acompanhantes de Luxo, que trataram dos arranjos. O novo registo marca também a passagem para uma nova editora, a Valentim de Carvalho, convite que o músico aceitou como forma de chegar a públicos mais alargados, mais além dos circuitos de música independente, onde, aliás, é já reconhecido como impulsionador de uma nova geração de músicos. “Filipe Sambado & Os Acompanhantes de Luxo” é assumidamente mais sociopolítico que resulta num conjunto de canções sobre uma inquietude virada para o mundo para ver, ouvir, e sentir.

Banda de culto no panorama musical português, os Riding Pânico levam anos de carreira a confirmar o seu estatuto. O mais recente trabalho é uma viagem frenética pós-rock instrumental, feito em vários momentos e partes. Uma experiência que resultou da entradas de novos músicos na banda e do processo de conhecimento musical de cada um. Sem nunca deixar o denso universo musical que caracteriza a banda, os Riding Pânico continuam a fazer o seu caminho por paisagens e atmosferas muito próprias.

Também original e de carisma único é IAN, uma fusão de elementos pop, trip-hop e electrónica com uma forte presença de instrumentos clássicos, fruto da experiência de Ianina. A artista russa, nascida e criada em Moscovo, mora em Portugal há mais de uma década, onde é violinista na Orquestra Sinfónica do Porto. Bastou que IAN aparecesse, para o público português respirar e concentrar o seu olhar nesta figura estranha e majestosa. O verão de 2018 marca o início da sua grande aventura. Depois de actuar nos Coliseus de Lisboa e Porto e também em Moscovo e São Petersburgo como artista de abertura dos The Gift, IAN prepara-se para lançar o seu primeiro disco e apresentar o seu projecto a solo. Uma figura enigmática que assinará no Festival Para Gente Sentada uma actuação daquelas que ficam na memória.

O caminho dos Madrepaz começa a ser trilhado em 2017, com o lançamento de “Panoramix”, o primeiro disco de Nuno Canina, Pedro da Rosa, Ricardo Amaral e João Barreiros e, desde que apareceu, que a banda é baluarte de um novo futuro criativo da música nacional. A sonoridade particular, à qual se junta, ao vivo, um espectáculo visual vibrante, dá razão à vontade de Pedro, Nuno e Ricardo, quando decidiram encetar um processo de construção e destruição da estética musical que os levou a uma visão mais clara e profunda da identidade do grupo e do tipo de música e mensagem que iriam partilhar depois de projectos passados que sempre estiveram na vanguarda da nova música portuguesa. A vontade materializou-se nos Madrepaz que desde 2015 causaram impacto com o primeiro tema “O Sol Amarelo, Vol.1”. 

Em 2016, Pedro Costa foi o vencedor do Prémio Revelação na Gala Rádio Vizela. Dois anos depois, escreve e compõe as suas próprias músicas com West Coast Man, projecto que une o folk com rasgos de alternativo em formato canção. Se numa primeira fase, Pedro quis ir buscar um pouco do country e do folk americano, acabou por descobrir novos caminhos, ainda com o folk no centro, mas sem uma descrição muito concreta para o resultado final. Com um primeiro EP que antevê uma carreira sorridente para o agora cantautor, West Coast Man apresenta o seu trabalho em Braga, no Festival Para Gente Sentada.

 

As actuações distribuem-se entre o Theatro Circo, gnration e centro da cidade

 

 

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