Festival InShadow volta ao Teatro do Bairro

A Competição Internacional de Vídeo-Dança, um dos núcleos centrais da programação do Festival InShadow, volta ao Teatro do Bairro de 24 a 27 de Novembro com uma selecção de 56 filmes, provenientes de 25 países, representativos da pluralidade de visões, conceitos e técnicas que constitui o panorama actual e internacional do vídeo-dança.

 

Num ano atípico, a proposta curatorial surge ancorada numa série de valências que propomos – de forma caracteristicamente oblíqua – como reflexo do panorama social em que nos encontramos nos dias que correm. Neste sentido, e de forma muito geral, temos sessões a orbitar em torno de temáticas complementares/contrastantes que se balançam entre si.

 

A primeira sessão parte de uma exploração do papel do indivíduo, dentro e fora de um contexto comunitário, reflectindo sobre o papel do toque; a segunda propõe uma oposição renovada entre os universos interior (palco, casa) e exterior (natureza, arquitectura), num reflexo dos tempos que vivemos; a terceira sugere uma visão politicamente consciente do videodança, reflectindo sobre assuntos que nos marcam enquanto sociedade contemporânea – da identidade individual à força da representação feminina; a quarta e última sessão devolve-nos à identidade maior do festival, propondo toda uma série de criações de natureza mais nocturna, performática, e tecnológica.

 

Contaremos, como nos é habitual, com a presença dos realizadores, coreógrafos e demais artistas que se possam juntar a nós – em número necessariamente inferior àquele que nos é habitual ou ao que geralmente ambicionamos, mas num papel assumido de manter vivas as sinergias criativas que nos têm movido ao longo dos últimos 12 anos.

 

A Competição Internacional de Documentário reúne, na presente edição, um total de 12 filmes, provenientes de 8 países. São quatro sessões representativas do actual panorama documental que interpreta a dança, compostas por filmes assentes na força da observação e da evocação, onde o próprio conceito de documentário nos surge reenquadrado à luz de filmes marcados por linhas ficcionais ou com a força de um olhar performático, onde a câmara se dissolve no olhar do espectador.

 

Por entre retratos intimistas ou visões detalhadas do processo criativo, numa viagem profunda e ancestral, a uma perspectiva sociopolítica actual, assumimos, mais do que nunca, um olhar curatorial assente num apreço renovado pela força da dança enquanto motor emocional e cinético da construção cinematográfica.

 

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