Festival Ibérium Cafés Walk and Dance está de regresso a Freamunde

Está de regresso em abril a sexta edição do Ibérium Cafés Walk & Dance. A ter lugar entre 8 e 11 desse mês em Freamunde, o festival duriense volta a dar grandes motivos para uma visita ao norte do país. O festival afirma a sua importância no panorama da música nacional. Com uma escolha atenta, eclética e inclusiva, encontramos nesta edição nomes conhecidos como: ​Sensible Soccers, X-Wife,  PAUS, David Bruno, The Twist Connection, White Haus e ainda, grandes apostas para o que aí vem como, ​Bia Maria, Rumours, Foque, GoBabyGo, Cafe Ena, Cano Guru e Little Friend.

No final dos concertos a festa continua e há ainda espaço para a dança,  Pedro Tenreiro, Dj Farofa e Matko Destrokanov​ assumem as despesas do clubbing.

 

Os ​Sensible Soccers solidificaram o seu lugar na lista de nomes obrigatórios a conhecer da cena musical nacional com ​“Vila Soledad”​, um disco que nos propunha uma viagem pelo seu universo salpicado a tons de melancolia. Regressaram em 2019, com renovada formação, desafiando-se a encontrar um novo espaço criativo para a diversidade estética que marca os seus temas. No arranque desta nova ​“Aurora” continuam a fugir ao formato tradicional de canção, mas avistam, de forma mais aberta, os universos do pop e da música de dança.

 

David BrunoDavid Bruno, multifacetado artista de Vila Nova de Gaia que resume diversas identidades. A solo, ou como parte do Conjunto Corona, tem desenhado um registo que não encontra um paralelo comparável. Submerso nas idiossincrasias da terra em que nasceu, essa que é a grande musa para tudo o que faz, transformou o suburbanismo numa atitude cool, a ironia numa forma de estar. Em 2019, lançou “Miramar Confidencial”, um disco que é também DVD, onde volta a usar o sampling de áudio e de vídeo como base para construir narrativas que circulam entre o hip-hop e a música romântica.

 

O quadrado formado por Fábio Jevelim, Hélio Morais, Quim Albergaria e Makoto Yagyu é hoje uma instituição no seio das bandas alternativas em Portugal. Um baixo, baterias siamesas e sintetizadores são os instrumentos com os quais os ​PAUS têm vindo a construir uma marca única desde a edição de ​“É Uma Água”,​ EP lançado em 2010. Em ​YES​, o mais recente disco de originais, voltam a entregar-nos um punhado de canções que não são bem canções, mas antes reflexos da forma como pensam e exploram novos espaços musicais de forma colorida e a olhar para a frente.

 

É um dos nomes obrigatórios da música electrónica portuguesa. Sob o epíteto DJ Kitten marcou uma geração de clubbing do Porto, espaço a partir do qual fez espalhar, pelas principais salas nacionais, o seu Club de dança privado. Fora das mesas de mistura, João Vieira juntou-se a Rui Maia e Fernando Sousa, formando os ​X-Wife​, grupo com o qual lançou cinco discos que põem em choque o rock e os impulsos electrónicos. O mais recente, homónimo, lançado em 2018 apresenta um colectivo mais maduro, sólido e autónomo que aponta para o futuro, ao reequacionar toda a herança da mais fracturante música popular urbana, das últimas quatro décadas. Mas o universo de criação de Kitten não para por aqui. A solo aventurou-se em ​White Haus​, um projecto onde percorre espaços mais pop e se experimenta, definitivamente, na escrita de canções. Em abril faz a “dobradinha” de concertos no Walk & Dance.

 

Bateria, baixo e guitarra. Receita simples com que os ​The Twist Connection ​cozinharam alguns dos mais interessantes discos de rock tuga dos últimos anos. Do homónimo registo de estreia até “Stranded Downtown” há a velha escola de Coimbra, aqui muito bem representada por um quadrado de nomes de luxo: Kaló, SamuelSilva (Jack Shits e Los Saguaros), Sérgio Cardoso (É Mas Foice, Wraygunn) e Raquel Ralha (Belle Chase Hotel, Wraygunn). Este ano editam novo registo de originais, ​Is that real?,​ um disco gravado entre os Serra Vista Studios e os Black Sheep em Sintra.

 

photo: Paulo Homem de Melo / arquivo Glam magazine

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