Festival Ao largo recebeu a Orquestra Sinfónica Portuguesa

A noite de domingo, 19 de Julho, do Festival Ao largo ficou marcada pelo Concerto de Câmara da Orquestra Sinfónica Portuguesa, sob a batuta da maestrina Joana Carneiro.

A primeira parte do concerto ficou marcada pela música de Mozart, por muitos considerada como uma das mais solares de todos os tempos. Depois da Sinfonia N.º 32 em Sol Maior, o concerto evoluiu em universos mais sombrios com a música de bailado para a ópera Idomeneo, uma das mais pungentes de toda a obra do compositor de Salzburgo.

A noite é categoria que em ópera convém festejar, pois nela medram e florescem paixões tremendas e amores funestos, combustíveis essenciais à arte lírica. Assim, de Tristan und Isolde a Un ballo in maschera, ela tem sido terreno privilegiado. Os Românticos, então, perderam a cabeça com ela. Novalis, com os seus Hinos à Noite publicados em 1800 (que, segundo Jorge de Sena, são um dos marcos da fundação do Romantismo) ajudou ao florescimento dessa paixão. Mas a noite extravasou a ópera e sempre foi acompanhante fiel de todos os sons e músicas.

Ao longo dos séculos, de facto, floresceram títulos e géneros que diretamente se relacionam com o universo noturno. Falamos de serenatas, de nocturnos, de que poderemos ouvir alguns brilhantes exemplos da autoria de grandes compositores românticos.

 

Fotografias / Reportagem: Arlindo Homem

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