Festival A Porta 2019… Datas e primeiros nomes para o festival de Leiria

À quinta edição, o Festival A Porta reforça a sua posição como palco artístico de colaboração e comunidade, beneficiando da produção criativa e artística feita na cidade. De 14 a 23 de Junho 2019, o festival volta a Leiria e inaugura o cartaz artístico com a música de Manel Cruz, Mdou Moctar, The Mauskovic Dance Band, K-X-P, Julinho da Concertina, April Marmara (na foto) e Ayamonte Cidade Rodrigo.

O festival ganha um dia de programação e alastra-se por várias zonas da cidade, com uma programação de concertos, jantares temáticos, uma exposição colectiva chamada Casa Plástica, residências artísticas, workshops para crianças e 1001 Portas que revelam os espaços e os agentes da cidade. A Porta passa em 2019 por lugares de referência como o Jardim Luís de Camões, o Parque do Avião, Jardim da Vala Real, Antigo Edifício da EDP, Villa Portela, Teatro José Lúcio da Silva, a Rua Direita, a Fonte Luminosa, a Stereogun bem como por casas privadas, uma igreja e lojas, propondo vários roteiros culturais na cidade, fortalecendo a inclusão de diversas comunidades e experiências.

Para abrir o desfile de propostas artísticas, Manel Cruz. Nome inscrito na história da música portuguesa, figura de proa da música feita nos últimos 20 anos. Um herói independente, uma instituição, um ‘cantador’ de histórias e imaginários. Foram várias as paragens que se foi obrigando a fazer para assentar os pés e calcar a terra. Algumas delas nos Ornatos Violeta, outras em Pluto, nos SuperNada e, finalmente, a solo com Foge Foge Bandido, mostrando recortes, vozes e memórias da viagem. Recarregar energias foi na Estação de Serviço, que apresentou em 2015. Em 2017, Manel Cruz voltou aos concertos, testou as águas para voltar a mergulhar nos discos e nas canções, e em 2019, marca o tão ansiado regresso aos discos em nome próprio.

África entra em Leiria no Festival A Porta 2019, e faz-se representar com Mdou Moctar, diretamente do Niger,  o errante tuaregue que se divide entre a electrónica, a takamba e a assouf para cantar sobre o Islão, o amor e a paz. Na manga vêm guitarras do futuro e coros sci-fi, com disco novo em cartilha. Já Julinho da Concertina vem garantir a festa e a celebração do funaná.  O músico tem mais de 50 anos de carreira, e é uma voz definitiva da modernização da música Caboverdiana nos anos 70 e 80, tendo participado em discos revolucionários de Alexandre Monteiro Trapiche, Tiny das Neves, e trabalhado com Cesária Evora. Em 2018, editou o seu  2º disco de originais com selo CelesteMariposa Discos.

Da Holanda, a Mauskovic Dance Band é Afrobeat dos 70, disco, palanque, cumbia e psicadelismo exótico feito para dançar e fazer a festa. Um cocktail de diversão, com provas dadas nos principais palcos europeus; da Filândia, os K-X-P de Timo Kaukolampi e Tomi Leppänen fazem música que abre novas dimensões para o techno minimal, synths gélidos e atmosferas assombrosas, resultando num dos projetos mais consistentes da última década vindo dos Países Nórdicos. Ao vivo diz-se que são uma força potente e inesquecível, uma mistura de poder performativo com cosmic disco e hinos de raves.

Juntam-se ainda ao Festival A Porta 2019, a ghost folk da lisboeta April Marmara, e a estreia de um novo projeto musical de Leiria, Ayamonte Cidade Rodrigo, que liga a folk ao synth pop, com resquícios minimais e atitude neo-clássica.

 

photo: Inês Lopes da Costa / arquivo Glam Magazine

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