Em 2021… o Amplifest regressa ao Hard Club

Em 2021 o Amplifest voltará a fazer do Hard Club no Porto o ponto de encontro para melómanos de todo o mundo. O festival que desde 2011 se assume como uma experiência de descoberta dos espaços mais negros e transgressores da música de peso contemporânea realiza-se entre 8 e 10 de outubro.

As primeiras confirmações para o fim-de-semana são: Cult of Luna, Caspian e Holy Fawn. Com o anúncio de datas, anuncia-se também a primeira fase de venda de bilhetes.

 

Apesar do incontável número de bandas que seguem as suas linhas mestras, a coroa do post-metal assenta ainda firme sobre o nome dos Cult of Luna. “A Dawn to Fear”, a mais recente diligência numa discografia que compreende peças essenciais como “Salvation”, “Somewhere Along the Highway” ou “Vertikal”, veio sublinhar o peso avassalador e a intensidade da arte do colectivo sueco, que após mais de duas décadas no activo se encontra num momento criativo fulgurante — estando a edição de um novo trabalho “The Raging River”, já agendada para 2021. Ao vivo, a força e a mestria dos Cult of Luna tornam-se ainda mais evidentes, como poderá ser atestado quando regressarem ao palco do Amplifest.

 

Sem nunca sucumbirem à repetição da fórmula mais imediata do post-rock, há muito que os Caspian se afirmaram como um dos pilares do género. Imbuído de uma constante necessidade de superação, o grupo liderado pelo multi-instrumentista Philip Jamieson sempre encarou cada passo da sua carreira como um renascimento, como uma oportunidade de reinvenção e expansão da sua identidade. Depois de, em 2016, terem mostrado no Amplifest o celebrado “Dust & Disquiet”, os Caspian regressam a este palco em 2021 para, ao lado dos temas clássicos da sua discografia, nos apresentarem o mais recente “On Circles”.

 

Foi com o longa-duração de estreia “Death Spells”, em 2018, que os Holy Fawn surgiram no radar dos melómanos e da imprensa, tendo voltado a capturar a atenção com o EP “The Black Moon”, já em 2020. Justapondo o rasgo do black metal às texturas evocativas do shoegaze, a música do quarteto do Arizona é tão assombrosa quanto arrebatadora, e tão bela quanto esmagadora. Farão a sua estreia nacional no Amplifest 2021.

 

Depois de um ano marcado pelos adiamentos, cancelamentos e a luta pela sobrevivência da cultura, a organização pretende construir “a melhor edição de sempre do Amplifest na bela e melancólica cidade do Porto”. Uma oitava edição que sucede a um ano deserto de emoções em palco e que terá sempre como ponto essencial a música e o espaço que a mesma cria para a partilha de experiências e memórias irrepetíveis. Como é hábito, o Amplifest manterá um alinhamento sem sobreposição de concertos.

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