Sábado 13 de julho foi a data do regresso do FESTA mais uma vez ao Parque Urbano de Ovar para a celebração da Língua Portuguesa. Nesta 6ª edição, Ovar voltou a encher-se de movimento, animação, sonoridades da lusofonia, caras novas e muito para ver e ouvir durante ao longo de 16 horas.
Se dúvidas houvesse foram todas dissipadas ao fim de 5 minutos em Palco. Elza Soares era o nome forte da edição do FESTA, e a Mulher do fim do mundo correspondeu às espectativas do público que aguardava com um misto de curiosidade e emoção pela subida ao palco da Melhor Cantora do Milénio.
As suas canções, instigaram o espectador à reflexão sobre a condição do indivíduo numa sociedade violenta com críticas social e política da realidade brasileira e porque não do mundo, desta vez com um discurso ainda mais direto, contundente, global, porém com mensagens propositivas, de renascimento, de esperança e sobretudo de apoio a todas as mulheres do mundo.
Se “A Mulher do Fim do Mundo” deu a conhecer a sua forte personalidade, o disco de 2018, “Deus é Mulher” transita entre vários géneros, desde o samba, frevo, rock, pop, bossa, rap e eletrónica, em arranjos sobrepostos por timbres arrojados, ruídos, distorções e dissonâncias.
Sem papas na língua Elza surge em palco como uma entidade feminina responsável por gerar vida, energia e arte.
Fotografias / Reportagem: Paulo Homem de Melo
