Eloiza Montanha transborda arte e o single “Lilás” confirma

Eloiza Montanha russa de expressão. Tudo transborda arte, desde os seus designs ao conceito do video, da estética à sua sonoridade, da letra à própria voz. O single “Lilás” é especial por vários motivos: Debruça-se sobre a sua própria história, é uma canção sobre cura e amor próprio, sobre honrar quem somos, ter tempo para olhar para nós, com amor e dedicação, como as únicas que estamos no início e no fim de todos os nossos ciclos.

 

Gosta de ser chamada de artista, porque é isso que ela é: Artista transdisciplinar, com reconhecida trajetória nas artes visuais. Foi assim que se proporcionou o seu encontro com o Felipe Felino, produtor musical. Esta canção surgiu de uma troca: O Felipe queria tatuar comigo e eu queria, finalmente, depois de tantas idas e vindas, expressar o quanto a música fazia parte da minha vida, da minha expressão artística. E foi assim que compus essa canção. Jamais imaginaria que, tempos depois, ela poderia significar tanto sobre mim.

Sobre o videoclipe observamos algo muito minimalista: Um quarto vazio com 3 mulheres, todas simbolizam a mesma pessoa, mas em idades diferentes. Todas representam Eloiza. Essas mulheres por vezes olham-se e coexistem no mesmo espaço, dançando, como que criando quebras na matrix do tempo; Ou como uma lembrança; Como quando olhamos para a nossa “criança interior”. As taças como sentimentos e emoções: no início, tudo se enche aos poucos, com pétalas delicadas; no final, tudo transborda.

 

Mesmo tendo construído uma trajetória artística ligada às artes visuais, a música sempre esteve presente, e também a voz, uma forma de expressão. Com vários projectos musicais e uma passagem pelo The Voice Brasil, o uso excessivo da voz levou-a a realizar uma cirurgia às cordas vocais em 2021. “Lilás” nasce também pelo meio deste processo complexo e doloroso: “É uma canção que vai em busca de um reencontro comigo mesma, com a minha essência”. Apesar de ser uma música pop e simples, o que a letra diz é a ponta do iceberg. A letra conta tudo o que Eloiza viveu: “precisava tomar um tempo para mim. Para aprender a me amar. Só depois disso tudo, conseguiria me abrir pra amar o outro. Esse processo que passou pela negação, frustração, aceitação e autoamor é dito de uma forma muito simplista pela letra”.

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