E quando neva em Lisboa… está lá André Rieu

Fala-se da pontualidade britânica mas a pontualidade Holandesa rege-se pela mesma bitola. Eram 20.30 em ponto quando a Johan Strauss Orchestra abre caminho pela meio da plateia do Altice Arena. O seu maestro, e violinista, segue logo atrás, em direção ao palco que se agigantava com se de um conto de natal se tratasse.
A pontualidade Holandesa não é definitivamente compatível com a portuguesa, o próprio André Rieu, ovacionado à entrada, não deixou passar em branco essa ‘afronta’ aos músicos que já estavam em palco bem como ao restante público que já vivenciava as sonoridades da Johan Strauss Orchestra.

 André Rieu antecipou o Natal em Lisboa. A serie de 6 concertos esgotados fazem a analogia a época que se avizinha, aproximando ainda mais o músico das 12000 pessoas que estavam presentes ali na sala naquela noite.
Na sessão em que a Glam marcou presença, André Rieu estava curioso em saber a origem do público presente, tendo-se verificado que o Porto / Norte dominava a noite de quarta feira passada na Altice Arena.

Os diálogos de André com um público (com tradução), foram uma constante ao longo dos 180 minutos em que a recita se prolongou.
Em palco, a Johan Strauss Orchestra é o suporte de André, agarrado ao seu violino Stradivarius de 1732, e a vitalidade musical dos temas, sobretudo os clássicos que vai apresentando. Mune-se ainda de um grupo alargado de convidados, segundo o próprio, mas que no fundo são elementos da Orchestra de Rieu com destaque em alguns temas e canções.

Brincando aos clássicos, André Rieu sabe como ninguém cativar aquele público com temas que fogem ao chamado entretenimento popular, daí a expressão brincando aos clássicos, transformando o clássico em pop ou folk estruturado.

Misto de entretenimento, o concerto, dividido em duas partes com direito a intervalo, vive-se sempre em ambiente de festa, quer em palco quer na plateia que é brindado ainda na primeira parte com neve a simbolizar o Natal.
Sempre bem disposto e valendo-se da sua imagem, a segunda parte do concerto de  André Rieu é vivido com mais intensidade, uma autentica banda sonora de entretenimento.
Com menos palavras e mais alegria, pelo meio coloca a Altice Arena a dançar o “Danubio Azul”, recriam-se canções pop, rock e standards românticos italianos (quem não se lembra da loja do mestre André), sempre com a boa disposição dos músicos, que não dispensam uma boa taça de champagne e… uma chuva de balões.
Na reta final e após várias ‘tentativas de mandar o público embora’, no sentido figurado, André Rieu considera-se uma pessoa feliz porque a música consegue transmitir felicidade e resolver os problemas do mundo.

No final o misto de satisfação com o de dever cumprido, por parte da estrela pop da música clássica, como é apelidado por muitos. A música apresentou-se como forma de cura e pacificação e abrangência cultural e muito amor. Goste-se ou não, André Rieu é dos poucos que consegue ocupar 6 datas do Altice Arena completamente esgotadas. Sabe como ninguém manter um público atento, a vibrar e a cantar durante 3 horas e sabe ainda como ninguém respeitar esse mesmo público que percorre centenas de quilómetros para assistir a uma verdadeira festa, neste caso de Natal.

Dias 27 e 28 de Novembro sãos os últimos dois concertos em Portugal e o filme do concerto volta ao inicio.

A Glam Magazine deixa ainda ficar aqui uma nota de agradecimento muito especial à Ritmos & Blues, promotora dos concertos em Portugal de André Rieu, bem como à própria equipa do músico, pela simpatia e disponibilidade em cobrir e fotografar o concerto com as melhores condições possíveis.

Fotografias: Arlindo Homem
Reportagem: Paulo Homem de Melo

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