E foi assim no Coliseu do Porto: James é… JAMES

James é…

Quarta feira, 20:00h, trânsito caótico na baixa do Porto, estacionamentos cheios. 21:30h o Coliseu completamente esgotado, para o Concerto do mais recente álbum da mítica banda do rock britânico dos anos 80.

Living In Extraordinary Times Tour” é o 15º álbum de estúdio dos James, e oferece o mesmo vigor e sonoridades dos seus predecessores. Um álbum composto por letras que são uma fusão de comentários sociais, reflexão pessoal e política.

Hank” é um exemplo disso, que traz a tona a preocupação com o clima político atual da América. Com uma primeira parte acústica, a banda começa a mostrar algumas músicas do seu novo álbum, misturadas com versões acústicas de velhos sucessos como “Sit Donw” e “Just Like Fred Astaire” que o público acompanha e vibra.

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Segue-se um pequeno intervalo para prepararem o set para segunda parte, com um Tim Booth irônico, a dizer que iria trocar de banda e já voltava. Tempo suficiente para manter uma rápida conversa com um grupo de pessoas na primeira fila que relembravam alguns concertos antigos e marcantes. (Sim, de facto 2014 no Marés Vivas foi um grande espetáculo em baixo de uma enorme chuva onde Tim Booth não parou um minuto e eu também. Um concerto inesquecível)

Começa a Segunda parte com as novíssimas “Heads”, “What’s it all about” e a já conhecida “Move On” . Coliseu começa a tornar-se uma imensa pista de dança. Seguem-se “Bells”, “5-0” e “Extraordinary Times”, onde ao final da música, Saul Davies o guitarrista, fala com o público num português muito bem perceptível, enquanto isso Tim brinca dizendo que agora ia traduzir para o Inglês. Tudo isso serviu de entrada para Tim Booth mandar um sonoro “FUCK BREXIT” emendando logo de seguida com “Born of Frustration” , onde a casa estremeceu com tanta gente a pular e a dançar.

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A clima estava alto e continuou alto com “Moving Car”, “Attention”, “Laid”, “Picture of this Place”, “Getting Away With it” , com o público a cantar do início ao fim; fechando com “Leviathan” e “Sound” , onde Andy Diagram presenteia o público com um solo de trompete diretamente das Galerias. O Coliseu enche-se de luzes dos telemóveis criando um final visualmente bonito.

Mas o público queria mais… um coro enorme pedia o retorno da banda ao palco. E assim foi, “Come Home” e “Many Faces” com o famoso Crowd Surfing de Tim Booth foram as escolhidas para o encore. No final, o público repetia o refrão da música e a banda toda olhava. Antes de irem embora, Tim Booth decide retribuir o carinho e o calor do público do Norte e resolvem tocar “Tomorrow”.

James é como o vinho do Porto, quanto mais velho melhor, quanto mais o tempo passa, melhor é o prazer de ouvir e assistir. Tim Booth, mantém a sua energia e paixão eletrizando o público com sua voz inconfundível e a sua entrega total quando dança.

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James é… JAMES.

Tomorrow é já em Setembro. Até já

 

Fotografias e reportagem: Sérgio Pereira / Glam Magazine

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