Dead Combo no Vodafone Paredes de Coura 2018… Uma verdadeira instituição musical

Uma verdadeira instituição musical, os Dead Combo dispensam apresentação ao fim de 15 anos de carreira. Desde o longínquo disco de estreia intitulado “Vol I” até ao mais recente “Odeon Hotel”, os Dead Combo são peça fundamental na música Portuguesa. A reinvenção sempre foi a palavra de ordem de To Trips e Pedro Gonçalves ao longo dos anos, na forma de recriar a sonoridade clássica da guitarra portuguesa.

Em 2018 o duo foi mais longe, mais longe na sonoridade, mais longe nas apresentações ao vivo, mais longe no número de elementos e mais longe no palco do Vodafone Paredes de Coura. “Oden Hotel” junta no mesmo disco e neste caso em palco um leque de músicos que evoluíram a música do duo a um patamar muito difícil de igualar. Quintino, Gui (sim o dos Xutos), Gonçalo Prazeres e Alexandre Frazão na bateria, juntamente com os 2 rapazes transformaram o palco principal do festival numa anarquia musical sempre com Tó Trips a ‘assassinar’ a(s) guitarras e Pedro Gonçalves a marcar o ritmo, quer com a sua coleção única e estranha de guitarras, quer pelas teclas abordadas das mais diferentes formas.

Deus me Dê Grana” a abrir, “The Egyptian Magician” dedicada a Zé Pedro, “As Quica As You Can”, “Rumbero” sem as cordas da má fama mas com muito mais energia, encerrando com “Lisboa Mulata”, foram algumas das passagens mais marcantes da noite de sábado em palco. Mas o momento mais aguardado por muitos chegava na parte final do concerto. Mark Lanegan juntava-se ao palco para 3 canções, “I Know, I Alone” de “Odeon Hotel”,  “Fire of Love” e “Wedding Dress” do disco de 2004 “Bubblegum” do norte americano.

Aposta mais que ganha e mais uma vez a música nacional a sair vencedora no palco principal do festival que desde sempre estendeu a passadeira vermelha a grandes projectos lusos e que marcou esta 26ª edição, onde Linda Martini e The Legendary Tigerman marcaram pontos no horário nobre.

Reportagem: Sandra Pinho
Fotografias: Paulo Homem de Melo

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