De regresso a Portugal… Josephine Foster ao vivo em Espinho

Josephine Foster, cantora e autora folk é oriunda do Colorado, com uma sonoridade reminiscente do blues e folk americano do início do século XX. Há vozes que se reconheceriam em qualquer lugar, em qualquer momento, em qualquer condição. E não serão tantas assim. Josephine Foster soa milagrosamente anacrónica, despertando a memória e a imaginação de quem a escuta. Bastaria isso para que meio mundo lhe fizesse uma vénia, mas teima em não se apresentar sem a presença da sua guitarra. Uma embala a outra – não se sabe quem exactamente, e é maravilhoso que assim seja. Essa indefinição de papéis, de linguagem e da tal localização temporal referida, convergem numa identidade e obra peculiares.

Josephine Foster praticamente define o conceito de “cantora folk marginal“. Inicialmente com o projeto “Born Heller” e depois a solo, bem como acompanhada pelos “The Supposed”, a sua inquietante voz de soprano e a forma como interpreta as canções pega na alteridade e na estranheza das mais antigas baladas dos Apalaches e trá-las, sussurrantes, para os nossos sonhos.

A digressão de Primavera de Josephine Foster passa por Portugal, país com o qual a artista mantém uma relação próxima, como faz questão de demonstrar no tema “Sim Não“. A cantautora vai actuar dia 29 no Auditório de Espinho em quarteto com Victor Herrera, na guitarra eléctrica, portuguesa e clássica, Rosa Gerhards, no baixo e vozes, e Josefin Runsteen, no violino, na percussão e vozes.

Em “Faithful Fair Harmony” de 2018, a norte-americana faz-se acompanhar de múltiplos instrumentos, como o piano, a harpa, a guitarra e o órgão, num duplo álbum que retrata o seu estilo próprio e inconfundível.

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