Coliseu Porto e Orquestra Metropolitana de Lisboa celebram 500 anos da Circum-navegação de Magalhães

O Coliseu Porto abre novamente as portas à Orquestra Metropolitana de Lisboa para levar o público numa epopeia musical, em celebração dos 500 anos da primeira volta ao mundo, iniciada por Fernão de Magalhães em setembro de 1519.

“Circum-navegações” marca o início da temporada do Coliseu, a 28 de setembro, e tem como derradeiro destino o Continente Americano. Não aquele que Fernão de Magalhães viu no século XVI, mas sim a Nova Iorque de 1892, para onde emigrou o compositor Antonín Dvořák, e cuja viagem o inspirou a criar a “Sinfonia do Novo Mundo”. Um hino à descoberta de novos mundos e culturas.

 

Antes, visitaremos o génio do compositor espanhol Joaquín Rodrigo, Nascido em 1901, ficou praticamente cego com apenas 4 anos. O compositor diria mais tarde, sem amargura, que foi essa tragédia pessoal que o levou a seguir uma carreira musical. O ponto alto dessa carreira é o “Concerto de Aranjuez”, um das mais populares obras da música clássica em todo o mundo, inspirada num passeio idílico de Rodrigo pelos jardins do Palácio Real de Aranjuez. Na guitarra estará o solista portuense João Diogo Leitão, vencedor do Prémio Jovens Músicos.

Também será interpretada uma das suas últimas criações, “Palillos y panderetas”, onde baquetas e pandeiretas nos transportam até às margens do rio Manzanares, que atravessa Madrid.

 

Foi precisamente de território espanhol que Fernão de Magalhães partiu, a 20 de setembro de 1519, para uma viagem marítima que acabaria por provar que a Terra é redonda. Acompanhado por 260 homens e uma frota de cinco navios, morreria em 1521 em combate nas Filipinas, sem nunca saber que a sua Odisseia modificou para sempre o conhecimento científico e cultural do nosso planeta.

 

É esse feito histórico e científico que se celebra a 28 de setembro, com o Maestro Pedro Amaral ao leme de mais um grande concerto no Coliseu.

 

photo: António Pedrosa

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