Coliseu Porto apresenta “Gala de Ópera” e filme “Metropolis” com música orquestral inédita de Filipe Raposo

Julho no Coliseu fica marcado por um duplo regresso da Orquestra Sinfónica Portuguesa. Primeiro, nos dias 1 e 2 de julho, com uma Gala de Ópera que nos guiará numa viagem por alguns dos mais importantes títulos de óperas do século XIX. Depois, a 23 de julho, a interpretar a música original que Filipe Raposo, pianista e compositor residente na Cinemateca Portuguesa, compôs para o filme “Metropolis”, obra-prima do Expressionismo Alemão, realizado por Fritz Lang.

 

De Bizet, com a sua “Carmen”, até Verdi, com o seu “Rigoletto”, a Gala de Ópera reúne algumas das obras que marcaram a história da ópera romântica francesa e italiana. Oportunidade para o reencontro do público com trechos que a Humanidade se recusa a esquecer, como é o caso da célebre Barcarolle da ópera “Os Contos de Hoffmann”, ou a Méditation para violino e orquestra da ópera “Thaïs”, de Massenet. Mascagni, com a sua “Cavalleria rusticana”, Gounod com o seu “Fausto” e Leoncavallo com os seus “Pagliacci” não poderiam faltar à chamada.

 

Dora Rodrigues (soprano), Rita Marques (soprano), Cátia Moreso (meio-soprano), Carlos Cardoso (tenor) e André Henriques (barítono) são as talentosas vozes portuguesas que, acompanhadas pela Orquestra Sinfónica Portuguesa, sob direção do maestro José Eduardo Gomes, guiam o nosso público no reencontro com o canto lírico. Uma coprodução com o Teatro Nacional de São Carlos.

 

Já a 23 de julho, e após o grande sucesso em Lisboa, o Coliseu Porto exibe “Metropolis”. Uma noite de Filme-Concerto em que a música do presente se cruza com um clássico do cinema que retrata a visão distópica da cidade do futuro.

 

Inúmeros compositores sentiram-se impelidos a escrever música para acompanhar a projeção do filme “Metropolis”, obra-prima do Expressionismo Alemão, realizado por Fritz Lang em 1927. Filipe Raposo, autor de várias bandas sonoras para cinema e teatro, aceitou o desafio do Teatro São Luiz e criou uma partitura original, executada por 15 elementos da Orquestra Sinfónica Portuguesa, sob a direção do maestro Cesário Costa.

 

Se “Metropolis” é uma parábola sobre as relações sociais numa cidade imaginada à distância de um século – 2026 -, em que os privilegiados vivem nas alturas, enquanto a massa de trabalhadores oprimidos vive nos subterrâneos e se debate com a oposição homem-máquina, a partitura de Filipe Raposo para este que é um dos mais assombrosos filmes da história é, em si, uma reflexão sobre a visão das grandes cidades. A música acentua a verticalidade massiva, os planos simétricos, os ambientes sonoros rítmicos que evocam as engrenagens das maquinarias pesadas. É, simultaneamente, um olhar do futuro (o nosso presente) para o passado.

 

Uma coprodução São Luiz Teatro Municipal, Coliseu Porto e Opart/Teatro Nacional de São Carlos, em parceria com a Cinemateca Portuguesa.

 

Photo: Estelle Valente

 

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