A reformulação imposta ao programa do festival pela crise pandémica, foi orientada para a protecção às obras em desenvolvimento. Inicialmente, o Citemor estudou apenas a realização das residências de criação. Mais tarde, considerando a evolução da situação, em diálogo com os artistas e com as entidades competentes, o festival passou a considerar a possibilidade de realizar algumas apresentações públicas.
Nestas circunstâncias, o resultado é um programa composto por apresentações informais e antestreias de novas obras, assim como produções próprias que estão na origem de acontecimentos irrepetíveis.
A opção de proteger as obras a desenvolver em regime de residência artística reforça a identidade do festival enquanto lugar dedicado à criação, potenciando uma das caraterísticas que mais contribuíram para a sua singularidade, como para o lugar destacado que ocupa no contexto da criação artística contemporânea.
O Citemor é, historicamente, detentor de um contributo importante para a definição de um repertório contemporâneo ao participar, com uma prática continuada na produção de novas obras. O esforço desta edição contribui também para atenuar os efeitos do lock down na criação artística.
Com excepção para a abertura do festival, com “Atlântico” de Tiago Cadete, no Teatro da Cerca de São Bernardo, cuja arquitectura e organização respondem bem a todas as condições indispensáveis e aconselhadas para receber os públicos, os restantes espectáculos do programa terão lugar ao ar livre.
As regras de segurança para acesso do público aos espectáculos do Citemor cumprem todas as recomendações da Direcção Geral de Saúde.
A 42ª edição do Citemor – Festival de Montemor-o-Velho acontece de 24 de Julho a 8 de Agosto de 2020.
