Em Climas, foi dado o lugar central à improvisação. Trouxemos as ideias de partida e os materiais-chave e deixámos que o grupo se fosse conduzindo a lugares e situações desconhecidas e inesperadas.Estruturámos depois o material em quatro capítulos: pântano irrespirável; febre seca; coração da terra; buraco negro.
Durante o processo, esta síntese de Kathryn Yusoff teve a força de uma revelação: “O que permanece connosco (como sensação, eco, pensamento) é aquilo que mais resiste à interpretação; o indizível; o gesto; o irredutível. […] É nesta resistência que encontramos a arte que torce, modela e configura novos pensamentos do possível. Neste sentido, a arte é como o tempo […]; uma força que suporta muitas pressões, tempestades, luzes e humores. Pode assaltar-te e atingir-te no teu núcleo, ou rodear-te e dispersar-te num milhão de fragmentos de luz”.
Co-criação e interpretação: Costanza Givone, Daniela Cruz, Gil Mac, Margarida Gonçalves, Paulo Mota e Ricardo Machado
Coprodução: Circolando, Teatro Nacional S. João, Culturgest, Teatro Aveirense
Teatro das Figuras (Faro)
24 de Fevereiro 2018 | 21.30h