Callaz apresenta novo trabalho ao vivo…

A música de Maria Soromenho diz Callaz à frente, pseudónimo com o qual assina o seu percurso artístico desde 2017. Aprendeu a misturar sons sozinha, dando à sua linguagem musical o barulho de fundo próprio da autonomia, uma preferência por um processo de trabalho guiado pela filosofia DIY.

 

O auto-intitulado disco de estreia é produzido em Lisboa por Adriano Cintra. Coleção de 10 temas, por vezes lúdicos e vulneráveis, estes são uma cativante e imaginativa fusão de pop eletrónico e indie rock.

 

No primeiro EP “Beer, Dog Shit & Chanel N°5″, cinco faixas produzida por Filipe Paes, estreia-se com um enredo aparentemente solarengo no qual picos de ansiedade, memórias turvas e afetos sobem ao palco sob um filtro retro. Sentem-se ecos do pesar melancólico de Nico e indícios de uma vontade pop experimental que assistiríamos com The Space Lady. Volvido um ano da sua estreia, Callaz edita “Gaslight“, com produção de Primeira Dama e Chinaskee, no qual se confirmam as ambições do primeiro EP. Tanto são aprofundados os devaneios e conclusões tirados a partir de experiências na primeira pessoa, como são poetizadas em canção figuras como Florbela Espanca ou Mary Landon Baker.

Após o lançamento de “Gaslight”, Callaz toca pela primeira vez fora de Portugal, em Los Angeles. É nesta viagem que começa a desenvolver a matéria prima que mais tarde se torna o seu primeiro disco. Inicia um longo processo de experimentação: as músicas são escritas ao longo de vários meses e exploradas ao vivo em vários sítios da Europa. Toca na Suécia, Islândia, Alemanha e Espanha. Grava o disco em Lisboa e apresenta-o numa digressão em Nova Iorque dando concertos em prestigiadas salas como The Bowery Electric e Rockwood Music Hall.

Volta a Lisboa para lançar oficialmente este novo trabalho dia 28 de Fevereiro de 2020 estando agendado, para dia 14 de Março, o concerto de lançamento nos Anjos 70.

As suas atuações ao vivo e trabalho de pesquisa contribuem para que o seu primeiro álbum seja uma obra mais coesa. As canções, mais complexas agora, vivem assentes em refrões incisivos na escuridão dançante a que já nos habituou.

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